Conta de luz 4,09% mais barata ajuda a conter inflação da baixa renda em março
A conta de luz voltou a ficar mais barata em março para as famílias de baixa renda e ajudou a frear a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A tarifa de eletricidade residencial, que já tinha recuado 2,33% em fevereiro, acentuou a queda para 4,09% em março. No mesmo período, a inflação pelo IPC-C1 desacelerou de 0,73% para 0,44%.
Quatro das oito classes de despesa que integram o indicador tiveram taxas de variação menores do que no mês anterior: Transportes (de 1,55% em fevereiro para 0,19% em março), Habitação (de 0,08% para -0,43%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,58% para 0,36%) e Despesas Diversas (de 1,84% para 0,97%). Além da conta de luz, outros destaques foram as tarifa de ônibus urbano (de 1,82% em fevereiro para 0,06% em março), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,93% para 0,27%) e cigarros (de 3,02% para 1,27%).
Na direção oposta, houve aceleração no ritmo de aumento de preços nos grupos Alimentação (de 1,01% para 1,21%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,38% para 0,42%), Vestuário (de 0,31% para 0,37%) e Comunicação (de 0,66% para 0,69%). Segundo a FGV, os itens que contribuíram para o movimento foram itens laticínios (de 0,85% para 2,89%), hotel (de -1,97% para -0,21%), roupas (de 0,21% para 0,50%) e tarifa de telefone móvel (de 1,07% para 1,45%).
A taxa do IPC-C1 de março foi inferior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,50% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV.
No acumulado em 12 meses, entretanto, o IPC-C1 ficou em 9,99%, patamar superior ao do IPC-BR, que avançou a 9,37% em igual período.
Inflação de baixa renda
A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,44% em março, ante alta de 0,73% em fevereiro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) divulgado na manhã desta terça-feira, 5, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 3,10% no ano e aumento de 9,99% em 12 meses.
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