Coreia do Norte condena americano a 6 anos de trabalhos forçados
Seul, 14 set (EFE).- A Corte Suprema da Coreia do Norte condenou neste domingo o cidadão americano Matthew Todd Miller a seis anos de trabalhos forçados por considerar que cometeu “atos hostis” contra o país asiático, informou a agência “KCNA”.
A agência estatal de notícias norte-coreana explicou que Miller foi julgado pela Corte Suprema que o condenou por cometer “atos hostis contra a República Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte)” sem especificar a natureza de seu crime.
Miller, um dos três americanos que o regime de Kim Jong-un mantém detidos, viajou como turista para a Coreia do Norte e foi detido no dia 26 de abril por seu “comportamento agressivo”, segundo explicou então a imprensa local, enquanto era tramitado seu acesso ao país em alfândegas.
A informação divulgada então dizia que apesar de contar com um visto de turista, o homem “o rompeu em pedaços e gritou que ia a solicitar asilo”.
Miller, de 24 anos, é um dos dois turistas americanos detidos por Pyongyang nos passados meses em viagens turísticas.
O outro é Edward Fowle, de 56 anos e à espera de julgamento.
Fowle foi apreendido em maio acusado de deixar uma bíblia no quarto de seu hotel.
Além destes dois turistas, a Coreia do Norte deteve o americano de origem coreano Kenneth Bae, um missionário e agente de turismo de 44 anos que foi detido em 3 de novembro de 2012 quando liderava uma viagem organizada na zona econômica especial de Rason, no extremo noroeste da Coreia do Norte.
Bae foi depois condenado a 15 anos de trabalhos forçados por supostamente realizar atividades religiosas no país.
Em entrevista concedida à televisão americano “CNN” no começo do mês, os três americanos pediram a Washington que mande enviados especiais para Coreia do Norte para conseguir sua repatriação.
Em anos passados, o regime norte-coreano libertou diversos cidadãos americanos após complexas rodadas de negociações diplomáticas.
Em 2009, graças à mediação do ex-presidente Bill Clinton, Pyongyang libertou dois jornalistas dos Estados Unidos detidas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados, enquanto em 2010, outro presidente, Jimmy Carter, participou das negociações para libertar Aijalon Mahli Gomes, condenado a oito anos por entrar também ilegalmente no país.EFE
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