Cruz Vermelha pede 32 milhões de euros para ajuda a desabrigados no Nepal
A Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) apresentou nesta segunda-feira, em Genebra, um pedido extraordinário de 32 milhões de euros para oferecer ajuda a 75 mil desabrigados pelo terremoto que atingiu o Nepal no sábado.
Esses recursos serão destinados ao que se refere à sobrevivência, como abrigos temporários e utensílios domésticos de primeira necessidade.
A verba também permitirá que sejam realizados enterros dignos, que se restabeleça a comunicação entre famílias separadas pelo desastre natural e proporcione ajuda psicológica às vítimas.
“É um desastre enorme e ainda temos que entender a magnitude de seu impacto. Nosso pedido reflete a situação como a entendemos hoje, mas será ajustado conforme recebamos informação de zonas remotas”, explicou o presidente da FICV, Elhadj As Sy.
A Federação, que reúne 189 sociedades nacionais da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho, informou que mais de 1.500 voluntários e 300 funcionários da Cruz Vermelha nepalesa trabalham contra o tempo no resgate de mortos e feridos, em primeiros socorros e no atendimento às vítimas.
As autoridades do Nepal elevaram para quase quatro mil o número de mortos no terremoto. Há o receio de que, ao término da apuração de vítimas, o impacto desse terremoto seja pior que o ocorrido em 1934, quando 8.500 mortes foram registradas.
Após 48 horas do desastre, as organizações humanitárias consideram como grande preocupação saber a situação das áreas povoadas mais próximas ao epicentro, a cerca de 80 quilômetros de Katmandu e com difícil acesso.
A FICV aprovou o envio de sete unidades de resposta a emergências que devem chegar nesta semana ao Nepal. Além de profissionais, serão enviados um hospital de instalação rápida, duas unidades de atendimento médico básico, duas equipes de logística e uma unidade de telecomunicações.
“Estamos utilizando nossos recursos globais para apoiar a Cruz Vermelha nepalesa e garantir que a reposta ao desastre seja a mais efetiva possível”, disse o chefe da Federação em entrevista coletiva.
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