Curdistão iraquiano pede proteção internacional para população na Síria
Bagdá, 19 set (EFE).- As autoridades da região autônoma do Curdistão iraquiano pediram nesta sexta-feira à comunidade internacional que intervenha para ajudar a população da cidade curda síria de Kobani, assediada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Em comunicado, o governo do Curdistão chamou o Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos e as potências ocidentais a tomar medidas para “proteger a cidade dos terroristas do EI e enviar ajuda humanitária à população”.
Também pediram a colaboração do Iraque e do Irã para apoiar “os bravos combatentes que defendem Kobani”, situada na província de Aleppo, no norte da Síria.
Os ataques e bombardeios do EI contra Kobani causaram, segundo a nota, dezenas de mortos e feridos e graves destroços materiais.
As autoridades do Curdistão assinalaram que o ataque dos jihadistas coincide por sorte com a decisão dos Estados Unidos de atacar desde o ar o EI em todas partes.
Há uma semana, o presidente americano, Barack Obama, anunciou que seu país ia intensificar sua ofensiva aérea contra o EI no Iraque e que ia ampliá-la à Síria.
A ofensiva dos jihadistas contra esta zona curda da Síria obrigou milhares de civis a fugir à Turquia, que permitiu hoje a entrada em seu território dos deslocados que se amontoavam desde na quarta-feira na fronteira.
Os curdos sírios estão apresentando uma dura resistência ao avanço do EI em Kobani, embora segundo os ativistas os radicais tomaram ontem 21 povos da zona.
Não é a primeira vez que Kobani e outras áreas de maioria curda são objetivo dos jihadistas na Síria.
Os curdos sírios se concentram, sobretudo, na província de Al Hasaka (nordeste) e nas regiões de Afrin e Kobani, em Aleppo, e são 9% da população do país.EFE
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