Desemprego na região metropolitana de SP sobe a 14,7% em fevereiro, diz Seade
A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) avançou de 14,0% em janeiro para 14,7% em fevereiro, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira, 30, pela Fundação Seade. O resultado representa um acréscimo significativo na desocupação após quatro meses de relativa estabilidade.
O nível do desemprego na região é o mais alto para o mês de fevereiro desde 2007, quando ficou em 15,3%. No segundo mês do ano passado, a desocupação estava em 10,5%. Nesta base comparativa, o aumento no número de desempregados foi de 479 mil, um avanço de 42,1%.
Em fevereiro de 2016, o total de desempregados foi estimado em 1,617 milhão de pessoas, 68 mil a mais que em janeiro. Esse resultado se deve à eliminação de 133 mil postos de trabalho, o que equivale ao recuo de 1,4% no nível de ocupação. O resultado só não foi pior porque 65 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho, o que representa um encolhimento de 0,6% na População Economicamente Ativa (PEA).
Na abertura dos dados por setores, o declínio do nível de ocupação entre janeiro e fevereiro decorreu da eliminação de 68 mil postos de trabalho na Indústria de Transformação (-4,6%), de 61 mil vagas no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-3,6%) e de 21 mil postos nos Serviços (-1,4%). No período, o nível de ocupação no setor da Construção permaneceu estável.
Já na comparação com fevereiro de 2015, houve a eliminação de 312 mil postos de trabalho. O resultado é puxado pelo corte de 212 mil postos de trabalho na Indústria de Transformação (-13,0%), 77 mil nos Serviços (-1,4%), 45 mil no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-2,7%). Na comparação interanual, apenas o setor da Construção gerou vagas. Ao todo foram 7 mil, o equivalente a 1,1%.
Rendimento médio real
O rendimento médio real dos ocupados na RMSP caiu 0,4% em janeiro ante dezembro, para R$ 2,015,00, mostrou a PED. Já a renda média real dos assalariados permaneceu estável no período, em R$ 2.057,00. A pesquisa também aponta que a massa de rendimentos dos ocupados recuou 1,3%, enquanto a dos assalariados teve leve retração de 0,3%.
Na comparação com janeiro de 2015, no entanto, houve quedas dos rendimentos médios reais dos ocupados e dos assalariados, de 5,0% e 3,0%, respectivamente. Com isso, as massas de rendimentos de ambos também recuaram: 7,1% e 6,4%, nesta ordem, em decorrência do encolhimento do rendimento médio e da redução do nível de ocupação, destaca a Fundação Seade.
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