Dilma: “Crescente investimento chinês no Brasil abre futuro promissor”

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2014 14h43
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Brasília, 17 jul (EFE).- A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que o crescimento e a diversificação dos investimentos da China no Brasil, fortalecidas nesta quinta-feira com a assinatura de vários acordos bilaterais, garantem um futuro promissor para ambos os países.

“Ao comemorar em 2014 os 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre ambos os países o balanço não poderia ser mais positivo e o futuro não pode ser mais promissor”, assegurou Dilma em discurso pronunciado após uma reunião de quase três horas que teve em Brasília com o presidente da China, Xi Jinping.

Brasil e China assinaram um total de 54 acordos durante a primeira visita de Estado de Xi Jinping ao país, que preveem novos investimentos chineses no Brasil em áreas como ferrovias, telecomunicações, hidrelétricas, torres de transmissão de energia, fábricas de automóveis, máquinas de construção e computação em nuvem.

“Nossas relações, que configuram uma associação verdadeiramente estratégica, se desenvolvem a uma velocidade enérgica em várias áreas”, afirmou a presidente no pronunciamento conjunto com o presidente da China.

Dilma assegurou que as maiores economias em desenvolvimento de Ásia e América Latina conseguiram elevar seu comércio bilateral de US$ 3 bilhões ao ano antes de acertar uma associação estratégica para cerca de US$ 90 bilhões em 2013.

Ela acrescentou que esses valores transformaram a China no maior parceiro comercial do Brasil desde 2009 e no principal destino do investimento chinês na América Latina.

“O investimento chinês no Brasil, com forte tendência a crescer e se diversificar em áreas como energia, telecomunicações, automóveis, tecnologia, bancos e petróleo, consolida a China como a grande parceira do desenvolvimento brasileiro”, disse.

Dilma lembrou que duas empresas chinesas fazem parte do consórcio liderado pela Petrobras que venceu os direitos para explorar as maiores reservas de hidrocarbonetos do Brasil.

A presidente acrescentou que a forte presença da China no setor elétrico brasileiro ganhará um forte impulso com a assinatura hoje de acordos que permitem participação chinesa na instalação de linhas de transmissão de alta tensão de Belo Monte, segunda maior hidrelétrica do país, e na construção de uma nova represa no rio Tapajós.

Dilma assegurou que na conversa que teve com seu colega chinês lhe expôs as oportunidades de negócios e de investimento que se abrem no Brasil com um programa de investimento em logística que prevê concessões no valor de 240 bilhões nos próximos anos.

“Apresentei a Xi Jinping as oportunidades que o Brasil oferece em ferrovias, aeroportos e estradas”, afirmou.

A presidente destacou o interesse chinês na concessão que será oferecida pelo Governo brasileiro para operar uma linha de ferrovia de 354 quilômetros entre as cidades de Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO).

Ela explicou que esta linha é de grande interesse para a China porque faz parte da ferrovia projetada entre Brasil e Peru que atravessará a América do Sul e ligará os oceanos Atlântico e Pacífico.

Segundo Dilma, os acordos assinados hoje entre os bancos de desenvolvimento e de fomento às exportações de China e Brasil para ampliar canais de crédito, assim como o memorando de cooperação na área ferroviária, poderão garantir o investimento chinês em ferrovias no país.

A presidente também citou os acordos assinados hoje para dar viabilidade à construção no estado de São Paulo de uma fábrica de automóveis chinesa e outra de máquinas para a construção civil, que exigem investimentos da ordem de US$ 300 milhões.

Dilma citou igualmente os acordos no setor agropecuário que permitem elevar as exportações brasileiras de carne suína para a China e o compromisso de ambos os países de lançar um quinto satélite de vigilância terrestre conjunto.

A presidente também destacou o acordo de cooperação na área de defesa que permitirá ao Brasil e China desenvolver tecnologias e instalar sensores remotos para vigiar a Amazônia, as fronteiras brasileiras e o mar territorial do país. EFE

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