Dilma diz que acordo em Paris deve “levar em conta os países mais vulneráveis”
Presidente Dilma disse que acordo deve "levar em conta os países mais vulneráveis"
Obama cumprimenta presidente Dilma no primeiro dia da COP 21 em ParisA presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (30), durante a abertura da Cúpula do Clima em Paris (COP21) que, além de um acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, é preciso buscar fazer com que isso contribua ao desenvolvimento mundial”.
“Há um sentimento de urgência e temos que dar amostras de liderança. Nossa ação será útil se é coletiva. A melhor maneira de buscar soluções é nos unirmos para encontrar um acordo equitativo, ambicioso e durável”, assinalou Dilma.
Após apostar em um acordo “juridicamente vinculativo”, a presidente brasileira assinalou que “o acordo não pode ser apenas a simples soma das melhores intenções de todos, mas uma nova via para nos comprometermos na luta contra a mudança climática”.
Dilma também indicou que o acordo deve incluir também a ajuda aos países em vias de desenvolvimento e “levar em conta os países mais vulneráveis”.
“As diferenças entre os diferentes países não deve minar nossos objetivos. Os países desenvolvidos têm que buscar outras fontes energéticas e o acordo tem que se dirigir a uma convergência que una as contribuições de todos”, disse.
Dilma disse ser favorável a que o acordo de Paris contenha uma cláusula de revisão periódica e destacou que o Brasil está pronto para enfrentá-lo.
Ela destacou que o país reduziu em 18% a taxa de desmatamento e que estimulou uma agricultura com menos emissões.
Seu governo se comprometeu a reduzir em 43% as emissões até 2030 comparado com as de 2005, um “objetivo ambicioso que vai além da (nossa) parte de responsabilidade de conter a elevação da temperatura”.
À luta contra o desmatamento ilegal, o Brasil se somará ao aumento do peso das energias renováveis, que espera que representem 45% do total em 2030. Mas Dilma indicou que isso “tem que estar associado à erradicação da pobreza e ao fomento de empregos decente”.
“A COP21 será um momento histórico dos esforços para o desenvolvimento do mundo. Paris, que enfrentou grandes transformações ao longo de sua história, tem direito de pôr seu nome no coração desta luta contra um mal que ameaça o planeta”, concluiu.
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