Dilma diz que votos de Marina se dividirão entre ela e Aécio

  • Por Agencia EFE
  • 06/10/2014 23h43
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Brasília, 6 out (EFE).- A presidente Dilma Rousseff, que teve 41,59% dos votos no primeiro turno das eleições, e disputará com Aécio Neves (PSDB, 33,55%) o segundo turno, que acontece no próximo dia 26, disse que ainda não iniciou as negociações para buscar o apoio dos partidos derrotados, cujos votos, acredita, se dividirão entre ela e o adversário.

“Acho que por enquanto é uma temeridade falar sobre como serão os apoios no futuro”, afirmou a candidata à reeleição em entrevista coletiva em Brasília, ao ser questionada sobre uma possível aliança com Marina Silva (PSB), terceira colocada nas eleições deste domingo (21,32%), para buscar o apoio de seu partido no segundo turno.

Dilma afirmou que por enquanto apenas recebeu uma ligação telefônica “muito gentil e civilizada” de Marina Silva para felicitá-la pela vitória no primeiro turno e que agradeceu o gesto.

“Disse a ela que tinha certeza que ambas lutávamos para melhorar o Brasil, mas por caminhos diferentes”, revelou Dilma.

Acrescentou que o apoio do PSB no segundo turno ainda depende de reuniões entre os dirigentes do PT e do PSB, que compôs seu governo nos três primeiros anos de gestão até a decisão de Eduardo Campos, morto em agosto em um acidente aéreo, de se candidatar à presidência.

“Obviamente, muitas vezes os apoios não dependem de uma pessoa, mas de várias instâncias. Temos certeza que uma parte dos votos se dividirão entre os dois candidatos”, acrescentou Dilma, admitindo que parte dos aliados de Marina pode apoiar Aécio.

Marina Silva chegou a ser favorita na disputa, e até poucos dias antes das eleições superava o senador tucano nas pesquisas, mas terminou em terceiro com pouco mais votos do que em 2010, quando se candidatou pelo PV, mas um número suficiente (mais de 22 milhões) para ser cortejada por ambos os candidatos.

Dilma, que hoje se reuniu com assessores para definir o rumo da campanha no segundo turno, afirmou que reiniciará as atividades eleitorais na quarta-feira em um encontro com governadores e senadores eleitos no domingo e que apoiam sua candidatura.

“A princípio vamos esperar para avaliar (por onde começar a campanha no segundo turno). Nossa tendência é começar pelo nordeste. Iremos no tempo necessário a todos os estados do nordeste”, disse, em referência à região mais pobre do país e na qual conseguiu sua melhor votação e uma diferença de votos inalcançável para Aécio.

Acrescentou que só depois irá a São Paulo, maior colégio eleitoral do país e grande reduto eleitoral do PSDB, e Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral e onde, apesar de ser o estado natal de Aécio, venceu com uma sólida diferença no primeiro turno. EFE

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