Dilma minimiza importância da euforia das bolsas com desempenho de Aécio

  • Por Agencia EFE
  • 06/10/2014 23h43
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Brasília, 6 out (EFE).- A presidente Dilma Rousseff (PT), a mais votada nas eleições de domingo e que enfrentará Aécio Neves (PSDB) no segundo turno do próximo dia 26, diminuiu nesta segunda-feira a importância da euforia com que o mercado reagiu ao desempenho do candidato tucano.

“Eu desconfio que os investidores podem fazer tudo, mas não ganham uma eleição. Quem ganha e vota no Brasil chama-se povo brasileiro”, afirmou Dilma em entrevista coletiva ao ser interrogada sobre a forte alta registrada hoje pela Bolsa de São Paulo e atribuída à possibilidade que Aécio possa derrotá-la no segundo turno.

O maior mercado da América Latina, que chegou a operar esta segunda-feira com uma alta de cerca de 8%, fechou com um avanço de 4,72%, seu melhor resultado para um dia desde 2011.

Dilma foi a candidata mais votada no primeiro turno, com 41,59% dos votos válidos, enquanto Aécio obteve 33,55% e superou Marina Silva (PSB), com 21,32%.

A reduzida diferença entre a presidente e o líder opositor, de apenas oito pontos, e a reação que permitiu Aécio ficar em segundo lugar animaram os investidores, que desde o começo da campanha deixaram clara sua oposição ao atual governo por seu intervencionismo econômico, principalmente nas empresas estatais.

Aécio, por outro lado, tem boa aceitação entre os investidores por suas propostas liberais e porque anunciou antecipadamente que, se vencer, seu ministro da Fazenda será Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central com históricos vínculos com o mercado financeiro.

“Foi justamente no período em que Armínio Fraga era ministro da Fazenda que a inflação saiu por duas vezes do limite superior da política de metas: em 2001, a inflação foi a 7,7% e 2012 a 12,5%”, lembrou Dilma nesta segunda-feira.

“Além disso, foi também na gestão do Armínio Fraga que nós tivemos a maior taxa de juro desse período, 45%”, completou a petista. EFE

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