Dívida pública federal sobe 2,66% em fevereiro a R$ 3,134 trilhões, diz Tesouro

  • Por Estadão Conteúdo
  • 28/03/2017 10h45
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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Dinheiro

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,66% em fevereiro, quando atingiu R$ 3,134 trilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28), pelo Tesouro Nacional. Em janeiro, o estoque estava em R$ 3,053 trilhões.

Essa variação é resultado de emissões líquidas de R$ 57,99 bilhões e à correção de juros no estoque da DPF de R$ 23,42 bilhões em fevereiro. 

Apenas a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,80% e fechou o mês em R$ 3,020 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,76% menor, somando R$ 113,93 bilhões no primeiro mês do ano.

A previsão do Plano Anual de Financiamento é que a Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões.

Prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 33,37% em janeiro para 34,15% em fevereiro. Os papéis atrelados à Selic também aumentaram a fatia, de 29,66% para 29,70%.

Já os títulos remunerados pela inflação caíram para 32,39% do estoque da DPF em fevereiro, ante 33,08% em janeiro. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 3,89% em janeiro para 3,76% em fevereiro.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF). O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2017 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 29% e 33%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%. 

12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 15,44% em janeiro para 15,22% em fevereiro, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida também caiu, de 4,68 anos em janeiro para 4,63 anos em fevereiro. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 11,57% ao ano em janeiro para 11,34% ao ano em fevereiro.

Estrangeiros

Os estrangeiros diminuíram a participação em títulos do Tesouro Nacional em fevereiro. A fatia dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 14,22% em janeiro para 13,66% em fevereiro, somando R$ 412,56 bilhões, segundo os dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Em janeiro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 417,82 bilhões.

O grupo previdência continua sendo o maior detentor de papéis do Tesouro, com a participação passando de 25,58% em janeiro para 26,12% no mês passado.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 21,30% em janeiro para 2,29% em fevereiro. Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 23,23% para 22,42%. Já as seguradores tiveram crescimento na participação de 4,59% para 4,65%.

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