Dois civis morrem em bombardeio pouco após início do cessar-fogo
Kiev, 15 fev (EFE).- Dois civis morreram devido a um bombardeio em uma cidade da região de Lugansk neste domingo cerca de meia-hora após o início do cessar-fogo no leste da Ucrânia, segundo informou Gennady Moskal, chefe da administração regional fiel a Kiev.
Moskal afirmou que às 0h20 (horário local) uma casa foi atingida por mísseis e acrescentou que “um homem de 87 anos e uma mulher de 69 morreram sob os escombros”.
O vilarejo atacado é Popaskoe, na cidade de Lugansk, mas que faz fronteira com a vizinha Debaltsevo, um dos principais focos do conflito entre forças ucranianas e pró-russas nas últimas semanas. De acordo a fonte, o fogo de artilharia continua na região.
“Segundo a situação às 9h30 de hoje (5h30) ainda é possível escutar tiros de canhão na zona de Popaskoe, onde aparentemente ocorrem hostilidades”, disse.
O representante do Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk, Eduard Basurin, informou que nas zonas controladas pelas milícias nessa região é possível presenciar a trégua, exceto em Debaltsevo.
“Em geral, se observa a trégua, embora em Debaltsevo haja tiros contra nossas posições. Também se dispara contra Uglegorsk”, disse, para acrescentar que no restante das regiões rebeldes a situação é “tranquila”.
Pouco antes, o porta-voz do comando militar ucraniano, Vladislav Selezniov, informou em entrevista coletiva que nas primeiras horas do cessar-fogo houve incidentes isolados, mas que mais tarde os combates cessaram.
“Desde meia-noite (20h de Brasília no sábado, quando a trégua entrou em vigor), na zona de atividade militar, o regime de cessar-fogo é respeitado. Há tiros localizados, mas não de forma sistemática. Desde as 3h (locais) não houve nenhum tipo de disparos”, acrescentou o porta-voz.
O acordo de trégua foi firmado na quinta-feira na cúpula realizada em Minsk pelos presidentes da Ucrânia, Petro Poroshenko; Rússia, Vladimir Putin; França, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
O cessar-fogo é o primeiro dos 13 pontos do plano de regulação do conflito nas regiões orientais ucranianas de Donetsk e Lugansk, que desde abril do ano passado já deixou 6.000 mortos, entre combatentes e civis. EFE
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