‘A gente vai sair junto’, diz Bolsonaro sobre permanência de Guedes

Ao lado do ministro, presidente afirma que chefe da equipe econômica fez um ‘trabalho excepcional’

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2021 15h04
GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro da Economia, Paulo Guedes, ao lado do presidente, Jair Bolsonaro Presidente e ministro da Economia conversaram com jornalistas e apoiadores neste domingo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou neste domingo, 24, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficará no governo. “A gente vai sair juntos, fica tranquilo. Bem lá na frente”, disse o presidente ao lado do chefe da equipe econômica. Rumores da saída do ministro ganharam força no final da última semana após o pedido de exoneração de quatro auxiliares da Economia. O pedido coletivo foi motivado pela participação do governo na mudança da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios para alterar o prazo de cálculo da inflação no teto de gastos e arranjar espaço para aumentar o Auxílio Brasil para R$ 400. Em respostas aos boatos, Bolsonaro foi ao Ministério da Economia na tarde de sexta-feira, 23, se encontrar com Guedes.

Bolsonaro também afirmou nesta manhã que mantém a confiança no ministro. “Conheci o Paulo Guedes praticamente um ano antes das eleições. É uma pessoa que tenho total confiança. Foi excepcional o trabalho dele em 2019, e melhor ainda em 2020”, disse. Na semana passada, Guedes negou que havia pedido demissão do governo e disse saber que pessoas no Executivo se mobilizaram para que ele fosse demitido enquanto estava nos Estados Unidos, no início de outubro. “Uma ala política foi até o André Esteves, do BTG, perguntando: ‘se o Guedes sair, quem a gente pode colocar no lugar? Pode emprestar o Mansueto [Almeida, economista-chefe do BTG]?’, coisas desse tipo. Sei que o presidente não pediu isso, porque acredito que ele confia em mim, e eu confio nele”, afirmou. Segundo Guedes, o descontentamento foi gerado pela sua imposição de respeito ao teto de gastos. “Não falo que sejam ministros não, existe uma legião de fura-tetos. O teto é desconfortável, obriga as pessoas a fazerem escolhas”, afirmou. 

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