Aliado de Lula, Eduardo Paes critica propostas fiscais do governo federal
Prefeito desaprova ampliação do teto de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000, uma medida que, na visão dele, pode impactar negativamente as finanças dos Estados e municípios
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), manifestou insatisfação com as propostas fiscais apresentadas pelo governo federal. Durante um evento realizado no Copacabana Palace, voltado para empresários, Paes, que é aliado do governo e muito próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não poupou críticas às medidas anunciadas. Ele destacou que a situação fiscal do Brasil tem se deteriorado desde o governo de Dilma Rousseff, do PT, atribuindo parte desse agravamento às isenções fiscais e tributárias implementadas naquela época.
Segundo Paes, essas isenções não conseguiram gerar emprego ou renda, mas, ao contrário, aumentaram a pressão sobre a dívida pública. Vale lembrar que a ex-presidente Dilma, atualmente à frente do banco dos Brics, foi destituída do cargo devido às pedaladas fiscais. Além disso, o prefeito expressou descontentamento com o recente pacote econômico do governo federal, que, segundo ele, desagradou ao mercado e resultou na elevação do dólar.
Um ponto específico de crítica foi a ampliação do teto de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000, uma medida que, na visão do prefeito, pode impactar negativamente as finanças dos Estados e municípios. Ele ressaltou que o IR é um dos poucos tributos compartilhados com essas esferas de governo, e que a medida não foi bem recebida pelos prefeitos do Brasil, que estão em busca de alívio fiscal. Paes enfatizou a importância de manter um equilíbrio fiscal e criar condições favoráveis para investimentos.
Em seu quarto mandato, algo inédito na história do Rio de Janeiro, Eduardo Paes tem como meta garantir solidez fiscal entre 2025 e 2028. Ele está empenhado em recuperar o grau de investimento da cidade, um selo de bom pagador que o município já possuía em 2012. Para isso, destacou a necessidade de criar condições que atraiam investimentos e melhorem a classificação de risco da cidade. Durante o evento do grupo Lide na zona sul do Rio de Janeiro, ele reforçou suas metas para o futuro da cidade, além de inaugurar o gabinete de transição para seu novo mandato.
*Com informações de Rodrigo Viga
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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