Bolsonaro sanciona autonomia do Banco Central e diz que ‘imortalizou instituição’

Em cerimônia realizada nesta quarta, presidente elogiou Paulo Guedes e afirmou que é a ‘âncora’ do governo, e deu posse aos ministros Onyx Lorenzoni e João Roma

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2021 20h51 - Atualizado em 24/02/2021 21h03
Marcello Casal Jr./Agência Brasil Imagem aérea da sede do Banco Central Colegiado do Banco Central volta a se reunir em outubro com a indicação de acrescentar mais 1 ponto percentual na Selic

Em cerimônia realizada na noite desta quarta-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de autonomia do Banco Central, aprovado no começo do mês pelo Congresso Nacional. No evento, ele também empossou os ministros Onyx Lorenzoni, que passa a comandar a Secretaria-Geral da Presidência, e João Roma, que ocupará a cadeira da Cidadania. “Se me permite, Paulo Guedes, falar um pouco de economia. A gente diz que não sabe, não entende, mas eu acho que pelo menos as quatro operações a gente faz. Assim eu sou perto do Paulo Guedes. Não ouso falar em integral ou qualquer outra equação matemática, mas o Paulo Guedes é uma âncora para o nosso governo. Logicamente, nós passamos de governos que gastavam muito, que não tinham tanta responsabilidade com o seu dinheiro, e nós passamos para quase uma austeridade absoluta”, pontuou o presidente.

Bolsonaro lembrou que o projeto de autonomia do banco estava pendente de aprovação há décadas e só não foi discutido no mandato dele antes por causa de outras pautas mais importantes e da crise causada pela Covid-19 no Brasil e no mundo. “Nós estamos juntamente com os irmãos da Câmara e do Senado vencendo este obstáculo”, afirmou o presidente em referência à pandemia. Ele afirmou, ainda, que só sancionou a autonomia do BC por confiar na capacidade e honestidade de Roberto Campos, atual presidente do banco. “Se o Banco Central nasceu com Castelo Branco, ele agora se imortalizou com Jair Bolsonaro”, pontuou.

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