Brasil tem classificação de risco elevada pela S&P após aprovação da reforma tributária

Agência eleva nota de crédito do país de BB- para BB, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira, 19

  • Por da Redação
  • 19/12/2023 17h06
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EVARISTO SA / AFP Fernando Haddad Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou aprovação da reforma tributária

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevou a classificação da dívida de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de BB- para BB, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira, 19. Essa nova classificação coloca o país dois níveis abaixo do grau de investimento. Além disso, a perspectiva da classificação passou de positiva para estável. A decisão foi influenciada pela recente aprovação da reforma tributária no Brasil. Segundo a agência, essa aprovação amplia o histórico do país de implementação pragmática de políticas nos últimos sete anos. A S&P também avalia que as perspectivas de crescimento econômico do Brasil estão melhores, embora ainda sejam moderadamente fracas. No entanto, a situação fiscal do país continua sendo um obstáculo para a qualidade de crédito. De acordo com a S&P, a perspectiva estável reflete a expectativa de que o Brasil fará progressos lentos na resolução dos desequilíbrios fiscais. A agência também destaca que o país possui uma posição externa forte e uma política monetária restritiva, o que está ajudando a controlar a inflação e a levá-la de volta à meta estabelecida. No entanto, a S&P alerta que, caso as políticas propostas sejam mal implementadas e levem a uma maior deterioração fiscal e a um aumento da dívida além do esperado, a classificação do Brasil pode ser rebaixada nos próximos dois anos. Por outro lado, se o conjunto de reformas estruturais e microeconômicas do país melhorar a trajetória de crescimento de longo prazo, o Brasil pode ter suas classificações elevadas ainda mais. A S&P ressalta que as perspectivas econômicas do país ainda são fracas, mas acredita que uma posição externa forte e uma política monetária restritiva podem equilibrar essa situação.

 

 

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