Campos Neto diz que tomou ‘puxão de orelha’ após indicar fim do rotativo do cartão de crédito

Durante evento no Paraná, presidente do Banco Central anunciou que, em breve, será desenvolvido um formato envolvendo a modalidade e destacou as taxas de inadimplência no país

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2023 16h57
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FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Roberto Campos Neto Campos Neto participou de evento com empresários no Paraná

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que levou um “puxão de orelha”, após ter indicado que o rotativo do cartão de crédito pode chegar ao fim. Nesta sexta-feira, 10, Campos Neto disse não ter detalhes sobre a medida, mas garantiu que, em breve, um formato será apresentado. “A gente não tem os detalhes ainda. Eu tomei um puxão de orelha depois que eu falei, mas a gente deve, nos próximos dias, ter um formato” mais definido, explicou o presidente do BC, dizendo que o tema está sendo tratado ao lado do Ministério da Fazenda. Mesmo dizendo não ter detalhes, Campos Neto criticou a modalidade: “O rotativo começou a ter uma inadimplência alta, que fechou maio em 54%. Se você tem um produto com inadimplência de 54%, você tem um problema no produto, porque não conheço nenhum outro país com uma inadimplência tão alta”. As declarações foram dadas pelo presidente do BC durante evento da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap). Segundo Campos Neto, 40% das vendas do Brasil são feitas através do cartão de crédito, total que difere da média de um “país emergente normal”, cujo índice fica entre 10% e 15%.

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