Cenário externo faz Dólar cair e moeda fecha em R$ 4,1308

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2018 18h26 - Atualizado em 19/09/2018 18h28
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Com o ambiente mais calmo lá fora e sem maiores notícias na política no mercado doméstico, operadores ressaltam que investidores, muitos deles estrangeiros, optaram por desmontar posições compradas em dólar. Com isso, a moeda chegou a cair para R$ 4,10.  Cédulas de dólar desfocadas Com o ambiente mais calmo lá fora e sem maiores notícias na política no mercado doméstico, operadores ressaltam que investidores, muitos deles estrangeiros, optaram por desmontar posições compradas em dólar. Com isso, a moeda chegou a cair para R$ 4,10. 

O dólar voltou a cair nesta quarta-feira, 19, e fechou em R$ 4,1308, queda de 0,32%. O movimento refletiu principalmente a perda de força da moeda norte-americana no exterior, que recuou ante várias divisas de emergentes, como Argentina, África do Sul, México e Turquia. O cenário político seguiu no radar das mesas, mas acabou influenciando menos os negócios nesta quarta, com a nova pesquisa do Ibope confirmando o que outros levantamentos vinham mostrando: a possibilidade de um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

O próximo levantamento que será divulgado é o do Datafolha, que sai na madrugada desta quinta-feira, 20.

Com o ambiente mais calmo lá fora e sem maiores notícias na política no mercado doméstico, operadores ressaltam que investidores, muitos deles estrangeiros, optaram por desmontar posições compradas em dólar. Com isso, a moeda chegou a cair para R$ 4,10.

Para o diretor da mesa de clientes do banco Standard Chartered, Rafael Biral, os estrangeiros tinham montado posições apostando em desvalorização maior do real, com o temor de avanço mais forte de uma candidatura de esquerda.

Mas os últimos levantamentos vêm mostrando a consolidação entre Bolsonaro e Haddad e o mercado se apegou a agenda mais liberal do economista do militar reformado, Paulo Guedes.

“Os mercados ainda acreditam que Bolsonaro é a alternativa menos pior para a economia brasileira”, afirma o economista sênior da Pantheon Macroeconomics, Andrés Abadia. O economista observa que Haddad tem feito um esforço para se mostrar mais “moderado” aos investidores. “Mas os mercados vão precisar ver sinais mais claros nessa direção”, completa.

O risco, para ele, é se Haddad não conseguir passar essa imagem e vencer as eleições, o dólar pode disparar.

O forte crescimento de Haddad na Pesquisa do Ibope (de 8% para 19%) fez o dólar abrir a quarta-feira mais tenso, chegando a bater em R$ 4,17. Mas o movimento durou pouco e a moeda acabou reduzindo a alta, ficou um tempo oscilando perto da estabilidade e engatou queda em seguida.

Biral ressalta que enquanto o mercado não tiver uma convicção mais firme sobre o resultado da eleição, o dólar não deve mudar de patamar, que atualmente está na casa dos R$ 4,10 a R$ 4,20.

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