Confiança de empresários da indústria sobe pelo terceiro mês

Segundo a CNI, indicador atinge 47,6 pontos, acima do registrado em junho; apesar da alta, ainda reflete desconfiança, por estar abaixo dos 50 pontos

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2020 10h52 - Atualizado em 10/07/2020 14h01
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Leandro Ferreira/Estadão Conteúdo Trabalhador da indústria A indústria sofreu com resultados negativos causados pelo distanciamento social adotado para diminuir a disseminação da Covid-19 no país

Passado o período mais tenebroso do impacto da pandemia do coronavírus na economia, os empresários da indústria brasileira voltam a mostrar otimismo. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, para 47,6 pontos – uma alta de 6,4 pontos em relação ao registrado no mês anterior. Apesar de ainda estar abaixo da linha divisória de 50 pontos, o indicador medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra expectativas de recuperação do setor. Em abril deste ano, o ICEI atingiu a menor marca já registrada, 34,5 pontos, logo após o Congresso Nacional declarar estado de calamidade pública no Brasil por causa da Covid-19.

Variação do Índice de Confiança do Empresário Industrial entre 2013 e 2020. Indicador atingiu o nível mais baixo da história em abril deste ano

“O início da reabertura das atividades econômicas na maioria das cidades brasileiras tem alimentado as expectativas de recuperação da economia, embora a atividade industrial continue desacelerada”, afirmou Renato da Fonseca, gerente-executivo de Economia da CNI, em nota. O ICEI varia entre 0 e 100 pontos, e sinaliza as tendência da produção industrial. Quando está abaixo de 50 pontos, ele indica que os empresários da indústria estão menos confiantes quanto a produção do setor do que quando o índice supera a marca.

Segundo levantamento divulgado em maio, a pandemia de coronavírus causou redução ou paralisação da produção de 76% das indústrias. Cerca 59% das empresas consultadas pelo levantamento apontaram dificuldades para honrar compromissos como tributos, fornecedores, salários, energia elétrica e aluguel. Já 77% enfatizaram obstáculos para obter matérias primas ou insumos, e 76% tem enfrentado contratempos na logística de transporte de suas mercadorias.

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