Confiança de empresários da indústria sobe pelo terceiro mês
Segundo a CNI, indicador atinge 47,6 pontos, acima do registrado em junho; apesar da alta, ainda reflete desconfiança, por estar abaixo dos 50 pontos
Passado o período mais tenebroso do impacto da pandemia do coronavírus na economia, os empresários da indústria brasileira voltam a mostrar otimismo. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, para 47,6 pontos – uma alta de 6,4 pontos em relação ao registrado no mês anterior. Apesar de ainda estar abaixo da linha divisória de 50 pontos, o indicador medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra expectativas de recuperação do setor. Em abril deste ano, o ICEI atingiu a menor marca já registrada, 34,5 pontos, logo após o Congresso Nacional declarar estado de calamidade pública no Brasil por causa da Covid-19.
“O início da reabertura das atividades econômicas na maioria das cidades brasileiras tem alimentado as expectativas de recuperação da economia, embora a atividade industrial continue desacelerada”, afirmou Renato da Fonseca, gerente-executivo de Economia da CNI, em nota. O ICEI varia entre 0 e 100 pontos, e sinaliza as tendência da produção industrial. Quando está abaixo de 50 pontos, ele indica que os empresários da indústria estão menos confiantes quanto a produção do setor do que quando o índice supera a marca.
Segundo levantamento divulgado em maio, a pandemia de coronavírus causou redução ou paralisação da produção de 76% das indústrias. Cerca 59% das empresas consultadas pelo levantamento apontaram dificuldades para honrar compromissos como tributos, fornecedores, salários, energia elétrica e aluguel. Já 77% enfatizaram obstáculos para obter matérias primas ou insumos, e 76% tem enfrentado contratempos na logística de transporte de suas mercadorias.
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