Banco Central mantém Selic em 13,75% e encerra maior ciclo de alta de juros desde 1999

Autoridade monetária fez 12 elevações desde março de 2021; Copom diz que se ‘manterá vigilante’ sobre a inflação e continuará avaliando se estratégia será capaz de controlar os preços

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2022 19h51 - Atualizado em 21/09/2022 22h04
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Guilherme Dionízio/Estadão Conteúdo - 05/08/2021 Moedas de R$ 1 formam o mapa do Brasil; do lado direito, há três notas de R$ 2 e uma de R$ 50 Taxa da Selic se manteve em 13,75% na última reunião do Copom, maior patamar desde 2017

O Banco Central, através do Comitê de Política Monetária (Copom), anunciou nesta quarta-feira, 21, que irá manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. A manutenção no atual nível quebra uma sequência de 12 altas consecutivas na taxa – que subia desde março de 2021 e registrou o maior ciclo de alta desde 1999, com a elevação de 11,75 pontos percentuais. A decisão foi dividida, já que sete dos nove membros optaram em manter a atual taxa de juros. Outros dois participantes do comitê defenderam uma “elevação residual” de 0,25 ponto percentual, o que faria a Selic atingir um patamar de 14%. Em comunicado, o Copom afirmou que “optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários. “. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma deflação em dois meses consecutivos após a última reunião do grupo. Sob a influência da redução nos impostos de combustíveis – com as sucessivas reduções nos preços anunciadas pela Petrobras, energia e telecomunicações, os números da inflação registraram queda. O órgão ressaltou, ainda, que as expectativas de inflação para 2022, 2023 e 2024 encontram-se em torno de 6,0%, 5,0% e 3,5%, respectivamente.

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