Criação de emprego formal volta a peder fôlego e Brasil registra 253 mil novas vagas em outubro

Resultado do mês reflete 1,7 milhão de contratações contra 1,5 milhão de demissões; desempenho veio abaixo dos 312 mil postos com carteira assinada gerados em setembro

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2021 15h46 - Atualizado em 30/11/2021 18h00
VINICIUS NUNES/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoa segura uma CLT Apesar do aumento dos empregos com carteira assinada, brasileiros ainda dependem da informalidade

O mercado de trabalho brasileiro perdeu fôlego em outubro ao criar 253.083 vagas formais ante demissões, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência nesta terça-feira, 30. O saldo é a diferença de 1.760.739 contratações e 1.507.656 demissões. No acumulado de 2021, o país criou 2.645.974 empregos formais, com 17.209.495 admissões e 14.563.521 desligamentos. O resultado veio abaixo das mais de 312 mil vagas criadas em setembro, que já havia registrado desaceleração em comparação com agosto (370 mil vagas com carteira assinada), segundo dados revisados pela Pasta. O número também está abaixo de outubro do ano passado, quando foram fomentadas 366.295 vagas, e representa o pior desde abril, quando foram abertos 82 mil postos de trabalho com carteira assinada.

Caged out20/21

Cinco dos quatro grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo. O setor de serviços foi o grande destaque, com a geração de 144.641 novos postos de trabalho formais. A indústria vem em segundo lugar, com 26.697 empregos. O comércio registrou 70.355 vagas, enquanto a construção gerou 17.236 vagas. A agricultura fechou com 5.844 postos a menos, única variação negativa de outubro. Todas as regiões também tiveram saldo positivo em outubro. O Sudeste liderou com a criação de 121.409 postos, seguido pelo Sul, com 52.938 vagas de trabalho. O Nordeste criou 51.455 vagas, enquanto o Centro-Oeste encerrou o mês com 17.554 postos, e o Norte com 8.734.

Mais cedo, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad – Contínua) mostraram que a taxa de desemprego no Brasil recuou no trimestre móvel de julho a setembro de 2021. Segundo o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice chegou a 12,6% no período, uma queda de 1,6 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior. A população desocupada representa 13,5 milhões de pessoas, o que significa uma diminuição 9,3% durante o período analisado. Ao mesmo tempo, a população ocupada cresceu 4,0%, com aumento de 3,6 milhões de pessoas e representando 93,0 milhões de brasileiros.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou durante um evento nesta terça-feira, que o aumento do emprego, além da arrecadação da Receita Federal e o aumento de investimentos privados no país, mostram que a economia está em trajetória de recuperação. “O Brasil está crescendo de 5,3% a 5,4%, criou 3,5 milhões de empregos, o setor de serviços está voltando afora, o turismo está voltando. O Brasil está condenado a crescer”, disse.

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