Desafio é normalizar canais de transmissão da política monetária, afirma Galípolo

Segundo o presidente do Banco Central, o país convive estruturalmente com uma taxa de juros relativamente alta, ao mesmo tempo que a economia doméstica segue crescendo

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2025 17h56
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Gabriel Galípolo O presidente do BC pontuou que contornar esse problema exigirá diversas reformas ao longo dos anos

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (11), que o Brasil tem hoje o desafio de normalizar os canais de transmissão da política monetária. Segundo Galípolo, o país convive estruturalmente com uma taxa de juros relativamente alta, ao mesmo tempo que a economia doméstica segue crescendo. “Me parece que um dos temas centrais que a nossa geração vai ter que enfrentar é normalizar os canais de transmissão da política monetária. Ou seja, como é possível que o Brasil possa ser um paciente que com doses menores do remédio taxas de juros menos altas consiga o mesmo efeito acomodação da atividade. Esse é um ponto essencial”, frisou Galípolo, durante sua fala na reunião do Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)

O presidente do BC pontuou que contornar esse problema exigirá diversas reformas ao longo dos anos, já que trata-se de uma questão estrutural e não conjuntural. “Vai demandar mais tempo e será preciso uma série de medidas, que envolvem muita coisa que está além do mandato do BC e precisa ser discutido com a sociedade.”

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Comunicação

No início da sua fala, Galípolo reforçou que não pretendia passar nenhuma nova mensagem ao mercado, que não aquela que já está nas comunicações oficiais da autoridade monetária. Segundo o presidente do BC, qualquer interpretação nova que pudesse surgir em suas falas desta segunda-feira, estariam equivocadas. Galípolo reforçou ainda que as falas dos diretores em eventos e a comunicação oficial do BC tem sido “harmoniosa”, e que isso o deixa contente. Além disso, o presidente do BC disse que a atual composição da autarquia é “fantástica”, com pessoas generosas que possuem inteligência emocional e pouco ego.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias

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