Dólar cai a R$ 4,18, atrai compradores e termina o dia em R$ 4,20

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2019 19h04
Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas A perspectiva de aceleração da atividade, hoje alimentada pela divulgação da produção industrial de outubro, com alta de 0,8%, ajudou a estimular as vendas de dólares

O dólar chegou a ensaiar queda mais forte nesta quarta-feira (4), mas perto do fechamento o movimento perdeu fôlego, assim como ontem. Mesmo assim, a moeda americana fechou a R$ 4,2023 (-0,08%), a terceira queda seguida.

A perspectiva de aceleração da atividade, hoje alimentada pela divulgação da produção industrial de outubro, com alta de 0,8%, ajudou a estimular as vendas de dólares. O cenário externo mais favorável, por conta de notícias de que Estados Unidos e China estão mais próximos de um acordo comercial, também contribuiu para enfraquecer o dólar ante divisas de países emergentes.

O dólar chegou a cair para R$ 4,18 na mínima do dia, mas o movimento perdeu fôlego, e a moeda voltou para o nível de R$ 4,20. Segundo um gestor, como a avaliação é que a moeda americana deve permanecer neste patamar por agora, quando recua abaixo de R$ 4,20, atrai compradores.

Na avaliação de José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos (WIA), o enfraquecimento da moeda americana levou o real ao que é considerado o primeiro suporte, de R$ 4,18. “Aí chama comprador, afinal, da máxima de quase R$ 4,28 na semana passada, para esses R$ 4,18 são pouco mais de 2% de desvalorização em poucos dias”, ressaltou.

De acordo com o profissional, a configuração do dólar para o curto prazo é de baixa — até porque há uma espera pelo dia 15 de dezembro, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, define os rumos da guerra comercial. Nesse sentido, disse Junior, se a moeda se mantiver abaixo dos R$ 4,22 por alguns dias, há mais chance de ir para perto dos R$ 4,15, tendo como grande suporte os R$ 4,10. Para o profissional da WIA, o pregão de hoje sofreu influência de uma sequência de dados positivos da economia chinesa, em especial, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês).

Hoje o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a tocar no tema do câmbio. Em entrevista ao site O Antagonista, ele falou que o Brasil seguirá com o real mais desvalorizado. De acordo com o diretor da WIA, quando diz isso, o ministro deve entender que acima de R$ 4,00 já é um nível mais alto. “Neste ano o dólar no exterior não parou de subir — estando agora apenas a 2% da máxima anual –, mas se e quando as condições lá fora mudarem, também haverá reflexo por aqui.”

* Com informações do Estadão Conteúdo

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