Dólar cai para o menor valor desde janeiro com cenário externo; Ibovespa mantém 120 mil pontos

Câmbio fecha a R$ 5,33 após EUA divulgarem alta de 6,4% do PIB no primeiro trimestre e a manutenção da política de estímulos econômicos

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2021 17h47
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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Dólar renova a mínima de janeiro depois que EUA divulgaram avanço da economia no primeiro trimestre e a manutenção de política de estímulos econômicos Dólar renova a mínima de janeiro depois que EUA divulgaram avanço da economia no primeiro trimestre e a manutenção de política de estímulos econômicos

O mercado financeiro brasileiro oscilou na maior parte desta quinta-feira, 29, apesar do bom humor no cenário global com indícios da retomada da economia nos Estados Unidos e com investidores ainda repercutindo positivamente a manutenção de estímulos econômicos do Banco Central norte-americano (Fed, em inglês). Na pauta doméstica, o mercado seguiu acompanhando os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 e o superávit de R$ 2,1 bilhões nas contas do governo central. Depois de operar sem direção definida, o dólar engatou viés de baixa no fim da tarde e encerrou com queda de 0,47%, a R$ 5,337. Este é o menor valor para o câmbio desde o dia 26 de janeiro, quando a moeda fechou a R$ 5,326. O dólar encerrou na véspera com recuo forte de 1,82%, a R$ 5,362. Apesar do otimismo internacional, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o dia com queda de 0,82%, aos 120.065 pontos. O pregão dessa quarta-feira, 28, fechou com alta 1,4%, aos 121.052 pontos.

A economia dos EUA cresceu 6,4% nos três primeiros meses do ano, ante alta de 4,3% no último trimestre de 2020. O valor, acima do esperado pelo mercado, indica a recuperação da maior economia do mundo de uma forma mais ágil do que o projetado inicialmente. Os mercados também analisam a decisão do Fed em manter a taxa de juros em níveis mínimos como forma de estimular o desenvolvimento econômico. Ainda no noticiário internacional, o democrata Joe Biden pediu apoio dos republicanos para aprovar o novo pacote de US$ 1,8 trilhão de estímulos, apesar da medida estar atrelada ao aumento de impostos dos mais ricos.

Já no cenário doméstico, investidores analisaram o superávit de R$ 2,1 bilhões nas contas do governo central em março, acima do esperado pelo mercado. Em fevereiro, as contas da Previdência Social, Banco Central (BC) e Tesouro Nacional haviam registrado déficit de R$ 21,2 bilhões, enquanto janeiro ficou positivo em R$ 43,2 bilhões. Com o resultado, o acumulado do ano totaliza um superávit primário de R$ 24,4 bilhões, ante déficit de R$ 2,9 bilhões no mesmo período de 2020, em termos nominais. O mercado também seguiu acompanhando os desdobramentos em Brasília com a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 e os reflexos políticos que a investigação das ações do governo federal em meio à pandemia, além do repasse de verbas da União para Estados e municípios, terão no governo de Jair Bolsonaro. Na agenda de indicadores, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, avançou 1,51% em abril, abaixo do crescimento de 2,94% em março. Apesar da perda de fôlego, o indicador acumula alta de 32% em 12 meses.

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