Dólar cai para R$ 5,15 com PIB melhor do que o esperado; Ibovespa opera acima dos 127 mil pontos

Câmbio está abaixo da mínima anual com bom humor nos mercados; Bolsa bate novo recorde

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2021 10h31 - Atualizado em 01/06/2021 11h35
Gary Cameron/Reuters Cédula de dólar Dólar abriu sexta-feira em queda, mas inverteu o sinal após inflação acima do esperado

O dólar recua forte nesta terça-feira, 1º, com o bom humor no mercado financeiro após a divulgação do crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, acima do esperado pelos analistas. Por volta das 10h20, a moeda norte-americana recuava 1,31%, cotada a R$ 5,157, depois de alcançar a máxima de R$ 5,208 e a mínima de R$ 5,154. Caso se mantenha nesse patamar, o dólar irá renovar a mínima do ano, alcançada em 14 de janeiro, quando fechou a R$ 5,209. Também será a menor cotação desde 21 de dezembro, quando o câmbio encerrou a R$ 5,122. O câmbio encerrou a véspera com avanço de 0,25%, cotado a R$ 5,225. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, abriu o dia em alta e registrava avanço de 1,27%, aos 127.826 pontos, novo recorde histórico. O pregão desta segunda-feira, 31, fechou com alta de 0,52%, aos 126.215 pontos.

O PIB brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre, na comparação com os três últimos meses de 2020. O desempenho veio acima do esperado pelo mercado, que projetava alta abaixo de 1%. Com o resultado, a economia brasileira voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,048 trilhões. Este foi o terceiro resultado positivo na comparação com o trimestre imediatamente anterior, mas aponta a desaceleração das atividades. Nos últimos três meses de 2020, o PIB registrou alta de 3,2%, enquanto a economia expandiu 7,8% no terceiro trimestre do ano passado, segundo dados revisados pelo IBGE.

Os indicadores brasileiros também são impulsionados pelo bom humor internacional com resultados positivos da produção industrial na zona do Euro, além da retomada dos mercados nos Estados Unidos e no Reino Unido após os feriados locais nesta segunda-feira. A alta do petróleo em meio ao encontro da Opep para discutir o fluxo de produção, além da sequente alta do minério de ferro, também dão sustento para o desempenho do mercado doméstico. “Apesar do sentimento muito positivo, é possível ver na contramão uma realização de lucros que não descartamos. Seria pontual e pode acontecer porque fechamos o mês de maio com recorde histórico acima dos 126 mil pontos”, afirma Pietra Guerra, analista da Clear Corretora.

 

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