Dólar tem dia de alta e fecha a R$ 5,13

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2020 18h18 - Atualizado em 04/06/2020 18h21
Adriana Toffetti/Estadão Conteúdo O dólar segue acima dos R$ 5,00

Após cair 5,5% em dois dias, o dólar teve um dia volátil e terminou a quinta-feira (4) em alta de 0,81%, cotado em R$ 5,1311. A moeda americana operou com queda forte ante divisas principais, sobretudo o euro, por conta de estímulos adicionais do Banco Central Europeu (BCE), mas subiu ante pares do real, como os pesos do México, Colômbia e Chile.

O movimento tanto no exterior como no mercado doméstico foi de realização de ganhos, de acordo com profissionais das mesas de câmbio. O dólar futuro para julho subia 1,07% às 17h50, a R$ 5,1260.

Também contribuiu para pressionar o câmbio a visão de economistas e nas mesas de juros que o Banco Central pode cortar a taxa básica, a Selic, para além da reunião de junho.

Nesta quinta, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central, disse em live organizada pela Febraban avalia que a taxa básica, a Selic, pode cair abaixo dos 2,25%, caso o risco-país e as projeções de inflação continuem caindo. Sobre o câmbio, Mesquita avalia que é possível que o dólar fique mais comportado no segundo semestre, por conta da busca por retornos passada a fase mais grave da pandemia de coronavírus.

O BCE também anunciou ampliação de seu programa em mais 600 bilhões de euros e os economistas na Europa do Morgan Stanley não descartam mais um aumento de 400 bilhões de euros, provavelmente em março de 2021. Logo após o anúncio, o dólar à vista bateu mínimas, a R$ 5,0266. Já o euro se valorizou, ajudando a enfraquecer o dólar.

Após a reunião do BCE, o foco do mercado agora é o relatório mensal de emprego dos Estados Unidos, que será divulgado nesta sexta. Os analistas do banco Wells Fargo projetam fechamento de 8 milhões de vagas na economia americana e taxa de desemprego saltando para 20%.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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