Dólar fecha cotado a R$ 3,70 e renova máxima de 2018
Nesta quinta-feira (17), o dólar enfrentou novo dia de alta e fechou cotado a R$ 3,7015, maior valor desde março de 2016. A valorização de 0,61% aconteceu devido a cenários externos, mesmo com as tentativas do Banco Central de reduzir essa escalada.
Ao longo do dia, a divisa oscilou entre a mínima de R$ 3,6544 (-0,57%), após a abertura e a máxima de R$ 3,7130 (+0,83%).
Já o dólar turismo fechou a R$ 3,86 depois de alcançar o patamar de R$ 3,88. Em casas de câmbio, a moeda chegou a ser negociada por mais de R$ 4,00 novamente, com o preço do IOF já incluso neste valor.
Mas De Callis destaca que, aparentemente, de uma semana para cá, houve uma mudança relevante sobre a percepção de risco para emergentes, nesse novo cenário global de apreciação da moeda americana. Essa percepção, na avaliação do especialista, ficou mais explícita na comunicação de quarta-feira do BC. “Sabemos que quando sobe a percepção de risco para emergentes, o canal de transmissão disso é o câmbio”, afirmou. Ele destaca que, apesar dos problemas internos no Brasil, como o ajuste fiscal e as eleições, os emergentes, em bloco, estão sendo enxergados com risco maior pelos investidores – isso também razão para a forte queda das blue chips na bolsa hoje.
Após o anúncio de quarta-feira do Copom, o mercado esperava que o dólar até poderia devolver um pouco da valorização ante o real, mas só se o cenário externo colaborasse, o que não aconteceu. O dólar teve dia de alta em relação a outras moedas emergentes e os juros americanos continuaram em alta – o de 10 anos subia, às 17h, 0,39%, para 3,109%; e o de 30 anos avançava 0,92%, para 3,2472%. No mesmo horário, a moeda americana ante o rublo avançava 0,77%; ante o peso mexicano (+0,76%); ante o peso chileno (+0,25%); frente ao rand (+1,27%); e ao dólar australiano (+0,10%).
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