Dólar fecha em queda, mas acumula alta na semana; Ibovespa sobe
Com alívio internacional, câmbio encerra a R$ 5,27, patamar semelhante ao registrado no início de janeiro; Bolsa retoma os 121 mil pontos
Depois de dois dias de tensão pelo possível aumento de juros nos Estados Unidos, os mercados internacionais deram sinais de alívio nesta sexta-feira, 14, e impactaram positivamente nos principais indicadores do mercado financeiro brasileiro. O dólar encerrou o dia com queda de 0,8%, cotado a R$ 5,271 depois de alcançar a máxima de R$ 5,296 e mínima de R$ 5,247. O patamar é semelhante ao visto no início de janeiro. Apesar do recuo, a moeda norte-americana encerra a semana com alta acumulada de 0,8%, interrompendo seis períodos seguidos de queda. Em março, a divisa recuou 3%, enquanto desde o início do ano soma alta de 1,5%. Seguindo o bom humor nas Bolsas internacionais, o Ibovespa, referência da B3, encerrou o dia com alta de 0,97%, aos 121.880 pontos. O principal indicador da Bolsa de Valores brasileira fechou a semana com queda de 0,1%. No mês, o Ibovespa acumula alta de 2,5%, enquanto desde o início de 2021 o avanço é de 2,4%.
O Banco Central dos EUA (Fed, em inglês) trouxe calma aos mercados ao afirmar na véspera que o recente repique da inflação é transitório e que não vai mudar a política de estímulos monetários. Mercados em todo o mundo passaram os dois últimos dias receosos por um possível aumento na taxa de juros norte-americanos depois de a inflação bater 4,2% em abril, ante o mesmo mês do ano passado, o maior salto anual desde 2008. A mudança na política monetária poderia refletir no menor crescimento do país após a crise do novo coronavírus e diminuir a injeção de dólares no mercado internacional.
Na pauta doméstica, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o entendimento de que o ICMS não pode integrar a base de cálculo do PIS/Confins. A decisão foi tomada nesta quinta-feira por 8 votos a 3 e definiu o alcance de uma determinação tomada pela Corte em 2017. Com isso, o governo poderá ter que devolver impostos pagos de maneira indevida a partir do dia 15 de março de 2017, data do julgamento interior, às empresas. Em abril, uma estimativa do governo previu um rombo de R$ 258,3 bilhões caso fosse obrigado a restituir todas as contribuições pagas com o ICMS incidindo sobre o PIS e a Cofins.
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