Dólar fecha em queda, mas acumula alta na semana; Ibovespa sobe

Com alívio internacional, câmbio encerra a R$ 5,27, patamar semelhante ao registrado no início de janeiro; Bolsa retoma os 121 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2021 17h50 - Atualizado em 14/05/2021 18h26
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Antara Foto/Hafidz Mubarak/via Reuters Mão segura diversas cédulas de dólar Dólar avança com pressão internacional em meio entraves da guerra no Leste Europeu

Depois de dois dias de tensão pelo possível aumento de juros nos Estados Unidos, os mercados internacionais deram sinais de alívio nesta sexta-feira, 14, e impactaram positivamente nos principais indicadores do mercado financeiro brasileiro. O dólar encerrou o dia com queda de 0,8%, cotado a R$ 5,271 depois de alcançar a máxima de R$ 5,296 e mínima de R$ 5,247. O patamar é semelhante ao visto no início de janeiro. Apesar do recuo, a moeda norte-americana encerra a semana com alta acumulada de 0,8%, interrompendo seis períodos seguidos de queda. Em março, a divisa recuou 3%, enquanto desde o início do ano soma alta de 1,5%. Seguindo o bom humor nas Bolsas internacionais, o Ibovespa, referência da B3, encerrou o dia com alta de 0,97%, aos 121.880 pontos. O principal indicador da Bolsa de Valores brasileira fechou a semana com queda de 0,1%. No mês, o Ibovespa acumula alta de 2,5%, enquanto desde o início de 2021 o avanço é de 2,4%.

O Banco Central dos EUA (Fed, em inglês) trouxe calma aos mercados ao afirmar na véspera que o recente repique da inflação é transitório e que não vai mudar a política de estímulos monetários. Mercados em todo o mundo passaram os dois últimos dias receosos por um possível aumento na taxa de juros norte-americanos depois de a inflação bater 4,2% em abril, ante o mesmo mês do ano passado, o maior salto anual desde 2008. A mudança na política monetária poderia refletir no menor crescimento do país após a crise do novo coronavírus e diminuir a injeção de dólares no mercado internacional.

Na pauta doméstica, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o entendimento de que o ICMS não pode integrar a base de cálculo do PIS/Confins. A decisão foi tomada nesta quinta-feira por 8 votos a 3 e definiu o alcance de uma determinação tomada pela Corte em 2017. Com isso, o governo poderá ter que devolver impostos pagos de maneira indevida a partir do dia 15 de março de 2017, data do julgamento interior, às empresas. Em abril, uma estimativa do governo previu um rombo de R$ 258,3 bilhões caso fosse obrigado a restituir todas as contribuições pagas com o ICMS incidindo sobre o PIS e a Cofins.

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