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Em dia volátil, dólar fecha em R$ 5,75, alta de 0,63%

Dólar fechou praticamente estável com piora da pandemia e ata do Banco Central

Em dia de baixo volume de negócios, o dólar teve uma sessão volátil nesta terça-feira (19) com as mesas de câmbio monitorando o cenário político, o exterior, onde a moeda americana operou em baixa, e se haveria ou não funcionamento do mercado nos próximos dias por conta da decisão do governo paulistano de antecipar feriados.

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Com a comunicação do Banco Central e da B3 de que os mercados funcionarão normalmente, o dólar chegou até a ensaiar uma queda, mas voltou a subir em seguida e acelerou a valorização perto do fechamento, com piora no exterior por conta de dúvidas sobre a eficácia de uma vacina contra o coronavírus.

No final desta terça, no mercado à vista, terminou em alta de 0,63%, a R$ 5,7564.

Na máxima do dia, o dólar à vista foi a R$ 5,76, pouco antes do Banco Central se pronunciar sobre o funcionamento do mercado nos próximos dias. A alta levou o próprio BC a agir e anunciou um leilão extraordinário de swap cambial, de US$ 500 milhões.

Já no exterior, o dólar teve queda generalizada, reduzida no final da tarde. Segundo os estrategistas de moeda do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH), prosseguiu nesta terça a melhora da confiança dos investidores, que ganhou força após a farmacêutica Moderna anunciar resultados favoráveis de uma vacina contra o coronavírus. Nesta tarde, o site Stat, especializado em notícias de saúde, publicou reportagem com a avaliação de especialistas de que a companhia não produziu dados críticos para avaliar a vacina, o que ajudou a piorar um pouco o clima.

Pesquisa feita este mês pelo Bank of America com investidores de América Latina mostra que aumentou o pessimismo com o Brasil nas últimas semanas. Para 56% dos entrevistados, o maior risco para o País é uma piora fiscal descontrolada. No câmbio, a maioria dos gestores espera que a moeda americana termine o ano acima de R$ 5,00. Mas apenas 28% dos ouvidos na pesquisa veem o dólar acima do nível de R$ 5,90 em dezembro.

Ainda nesta tarde, o Goldman Sachs voltou a cortar sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 e espera contração de 7,4% este ano. Os crescentes riscos políticos e fiscais contribuem para agravar a recessão no País causada pela pandemia do coronavírus, alerta relatório do banco americano nesta terça-feira. Para 2021, a estimativa é de crescimento de 4% do PIB.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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