Dólar oscila, apesar de cenário internacional positivo; Bolsa recua aos 120 mil pontos

Investidores analisam alta de 6,4% do PIB dos Estados Unidos e a manutenção da política de estímulos econômicos; na pauta doméstica, Tesouro divulga hoje o resultado primário do governo central

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2021 12h27
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Arquivo/Agência Brasil Face da nota de um dólar Dólar volta a subir com o mercado apreensivo com as contas públicas do governo federal

O mercado financeiro brasileiro oscila nesta quinta-feira, 29, apesar do bom humor no cenário internacional com o aumento de 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre, e com investidores ainda analisando a mensagem do Banco Central norte-americano (Fed, em inglês) de que manterá a política de estímulos econômicos. Na pauta doméstica, o Tesouro Nacional divulgará as 14h30 o resultado primário do governo central em março. Por volta das 12h20, o dólar operava com alta de 0,13%, a R$ 5,369, depois de abrir o dia no campo negativo. O câmbio encerrou a véspera com queda de 1,82%, a R$ 5,362, o menor valor desde o início de fevereiro. Apesar do clima positivo nas Bolsas internacionais, o Ibovespa, referência da B3, registrava queda de 0,74%, aos 120.161 pontos. O pregão desta quarta-feira, 28, fechou com alta de 1,4%, aos 121.052 pontos.

A economia dos EUA cresceu 6,4% nos três primeiros meses do ano, ante alta de 4,3% no último trimestre de 2020. O valor, acima do esperado pelo mercado, indica a recuperação da maior economia do mundo de uma forma mais ágil do que o projetado inicialmente. Os mercados também analisam a decisão do Fed em manter a taxa de juros em níveis mínimos como forma de estimular o desenvolvimento econômico. Ainda no noticiário internacional, o democrata Joe Biden pediu apoio dos republicanos para aprovar o novo pacote de US$ 1,8 trilhão de estímulos, apesar da medida estar atrelada ao aumento de impostos dos mais ricos.

Já no cenário doméstico, investidores aguardam pelos resultados do resultado primário do governo central no mês de março. Em fevereiro, os números do Tesouro Nacional mostraram que as contas tiveram rombo de R$ 21 bilhões. O mercado também segue acompanhando os desdobramentos em Brasília com a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 e os reflexos políticos que a investigação das ações do governo federal em meio à pandemia, além do repasse de verbas da União para Estados e municípios, terão no governo de Jair Bolsonaro. Na agenda de indicadores, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, avançou 1,51% em abril, abaixo do crescimento de 2,94% em março. Apesar da perda de fôlego, o indicador acumula alta de 32% em 12 meses.

 

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