Dólar recua após aprovação de PEC e esperança com vacinas; Bolsa sobe

Proposta que abre espaço para a retomada do auxílio emergencial será votada em segundo turno nesta quinta antes de seguir para a Câmara; texto limita gastos com benefício em R$ 44 bilhões

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 11h53
Willian Moreira/Estadão Conteúdo Mão segura duas cédulas de US$ 1 Dólar segue em alta e se mantém acima de R$ 5,40 após fechar com forte valorização de 1,44% na véspera

O humor do mercado financeiro voltou ao terreno positivo nesta quinta-feira, 4, após a aprovação do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial pelo Senado e indicações de que o governo federal irá comprar vacinas da Pfizer e da Janssen. Por volta das 11h50, o dólar recuava 0,85%, a R$ 5,615. A moeda chegou a bater máxima de R$ 5,627, enquanto a mínima não passou de R$ 5,564. A divisa fechou a véspera com  queda 0,03%, cotada a R$ 5,664 após dia de forte volatilidade e com o câmbio passando de R$ 5,76. Apesar do clima ruim lá fora com baixas nas Bolsas da Europa e Estados Unidos, o cenário doméstico faz o Ibovespa, principal índice da B3, avançar 1,82%, aos 113.212 pontos. O pregão desta quarta-feira, 3, fechou com queda de 0,32%, somando 111.183 pontos.

Senado aprovou, na noite desta quarta-feira, 3, o texto-base da PEC Emergencial, que abre espaço no Orçamento para novas rodadas do auxílio emergencial. A votação em primeiro turno teve ampla aceitação, com 62 votos favoráveis e 16 contra. Todos os destaques que poderiam alterar o conteúdo da matéria foram rejeitados, incluindo um do Partido dos Trabalhadores (PT), que definia em R$ 600 o valor do auxílio emergencial. O texto prevê medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos da União à inflação do ano anterior e a retomada do benefício assistencial. Na sequência, a proposta será encaminhada à Câmara dos Deputados, onde precisa da aprovação de, no mínimo, 308 dos 513 deputados. A PEC Emergencial não descreve as regras para a volta do benefício. Pontos como valor das parcelas, número de pessoas atendidas e a extensão dos pagamentos serão definidos por uma medida provisória ou projeto de lei de autoria do governo federal. A expectativa é que o auxílio seja de R$ 250, distribuído por quatro meses, com gastos de aproximadamente R$ 30 bilhões aos cofres públicos – o parecer mais recente apresentado pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC) estabelece em R$ 44 bilhões as despesas máximas para a concessão do auxílio emergencial.

Ainda no noticiário doméstico, investidores analisam a compra dos imunizantes da Pfizer e da Janssen pelo governo federal. Segundo apurou a Jovem Pan, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediu exclusividade na venda de vacinas para a União. O governo federal avançou na compra dos imunizantes e pretende adquirir 138 milhões de doses – deste montante, seriam 100 milhões da Pfizer e outros 38 milhões da vacina da Janssen, de dose única. Ainda segundo um assessor do ministro, a expectativa é que o contrato com as duas farmacêuticas seja assinado na próxima semana. De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas da Pfizer e BioNTech devem chegar ao Brasil a partir do segundo trimestre de 2021. A pasta também afirma que o avanço nas negociações com as duas farmacêuticas se deve à aprovação do projeto de lei que facilita a compra de vacinas contra a Covid-19 pelos governos federal, estaduais e municipais.

 

 

 

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