Bolsonaro diz ter plano ‘pronto’ contra a Covid-19 e condena lockdown

O presidente afirma que a medida ‘não deu certo em nenhum lugar do mundo’; no entanto, a restrição é considerada chave para diminuir a transmissão do coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 10h13
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Bolsonaro de terno e gravata diante de fundo branco olhando para o horizonte O presidente voltou a criticar as medidas mais restritivas adotadas em vários estados brasileiros e afirmou que o problema é que elas inviabilizam a economia do país

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que já tem um plano pronto contra avanço da Covid-19 no país, isso se o Supremo Tribunal Federal (STF) garantir autonomia para ele agir. A afirmação aconteceu após o mandatário ser questionado sobre a proposta feita pelos secretários de saúde de decretar toque recolher nacional. Bolsonaro insiste que o STF retirou dele o direito de opinar sobre as ações de enfrentamento à doença, apesar do tribunal ter afirmado que a gestão da pandemia é dividida entre União, Estados e municípios. O presidente voltou a criticar as medidas mais restritivas adotadas em vários estados brasileiros e afirmou que o problema é que elas inviabilizam a economia do país. “O que depender de mim nunca teríamos lockdown, política que não deu certo em nenhum lugar do mundo. Estados Unidos vários estados anunciaram que não tem mais”, disse.

Ao comentar a queda do Produto Interno Bruto (PIB), o presidente chegou a comemorar que o recuo não foi tão significativo quanto era previsto. Segundo ele, o Brasil está no grupo de países com a menor retração no ano passado. O presidente, no entanto, não esconde preocupação com a escalada no preço dos combustíveis. Ele chegou a afirmar que pode acontecer uma nova alta no preço nas próximas semanas, o que reforça necessidade do governo federal trocar o presidente da Petrobras. Bolsonaro disse ainda que já conversou com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a decisão de alguns integrantes do Conselho de Administração da estatal de deixar os cargos. Segundo o presidente, talvez a decisão tenha sido por solidariedade a Roberto Castello Branco, que vai sair do comando da empresa.

 

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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