Dólar sobe e fecha em R$ 5,44 antes do Copom

Esse foi o quarto pregão seguido de valorização da moeda americana, que já acumula ganhos de 1,11% na semana e de 3,64% em junho

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2024 19h23 - Atualizado em 19/06/2024 19h24
PAULO VITOR/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoa conta nota de dólares Dólar fecha quarta-feira (19) a R$ 5,44

Após tocar o nível de R$ 5,48 no início da tarde, o dólar à vista desacelerou bastante o ritmo de alta na última hora de negociação e encerrou a sessão desta quarta-feira (19), cotado a R$ 5,44, avanço de 0,14%. Esse foi o quarto pregão seguido de valorização da moeda americana, que já acumula ganhos de 1,11% na semana e de 3,64% em junho. O real tem tropeçado, apesar dos números positivos do fluxo cambial no mês. Em junho (até o dia 14), o fluxo total é positivo em US$ 6,337 bilhões, resultado de entradas líquidas de US$ 2,104 bilhões pelo canal financeiro e de US$ 4,233 bilhões no comércio exterior. A alta do dólar no mês pode ser atribuída a um movimento comprador expressivo no segmento de derivativos cambiais (dólar futuro, mini contratos, cupom cambial e swaps), em meio a apostas especulativas contra o real e busca por proteção (hedge). Os investidores estrangeiros carregam posição comprada em dólar ao redor de US$ 78 bilhões, perto do pico histórico.

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Nesta quarta, sem a referência do mercado de Treasuries, fechados em razão de feriado nos EUA, os negócios no mercado de câmbio local foram guiados pelas expectativas em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento do mercado. Os momentos de maior estresse, quando o dólar registrou máxima a R$ 5,4827, foram atribuídos ao receio de dissenso no comitê, com possibilidade de os diretores indicados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, optarem por nova queda da taxa básica. Analistas argumentam que, à luz das declarações de terça de Lula de que o próximo presidente do BC não vai se submeter ao mercado e buscar também o crescimento econômico, uma divisão será vista como mais um sinal de uma política monetária mais frouxa a partir de 2025. Além da substituição do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, no ano que vem a maioria da diretoria será composta por nomes apontados por Lula.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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