Dólar tem maior queda semanal desde janeiro, mas segue acima de R$ 4
O real foi a moeda de país emergente que mais se fortaleceu nesta sexta-feira (24) ante o dólar, pondo fim a dias conturbados no mercado de câmbio brasileiro. A sessão foi marcada por enfraquecimento geral da moeda norte-americana no exterior, tanto ante divisas de emergentes como de países desenvolvidos, com a expectativa de que avancem as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Na semana, o dólar acumulou queda de 2,07%, o maior recuo em cinco dias desde o final de janeiro. O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa de 0,80%, a R$ 4,0152, a menor cotação em 10 dias.
Operadores destacam que o ambiente político mais ameno e o mercado externo mais calmo contribuíram para a queda do risco Brasil e o fortalecimento do real.
Apesar do dia mais calmo nesta sexta-feira, profissionais de câmbio destacam que o patamar de R$ 4,00 se transformou em um nível de resistência para a baixa do dólar. A moeda só cairia de forma consistente abaixo deste nível se houver notícias positivas concretas sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso. Caso isso ocorra, pode testar o intervalo de R$ 3,90/3,95.
Os estrategistas em Nova York do banco americano Citi acreditam que já há uma boa quantidade de más notícias incorporadas no câmbio. Mas a expectativa ainda é de volatilidade alta na moeda americana no mercado doméstico durante a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial. Eles acreditam que o texto seja aprovado em junho na comissão e até o final do ano receba o aval final do Congresso.
*Com Estadão Conteúdo
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