Economia brasileira cresceu 1,7% no 1º trimestre, aponta Monitor do PIB

Apesar do avanço, a reedição de medidas de isolamento social fez março registrar queda de 2,1%, segundo dados da FGV

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2021 12h44 - Atualizado em 17/05/2021 12h45
EFE/EPA/SEBASTIEN COURDJI Medidas de isolamento social reeditadas em março foram apontadas como principal responsável pela queda da economia do mês Medidas de isolamento social reeditadas em março foram apontadas como principal responsável pela queda da economia do mês

A economia brasileira retraiu 2,1% em março ante fevereiro, mas fechou o primeiro trimestre com alta de 1,7% em comparação com os três últimos meses de 2020, na análise da série dessazonalizada, segundo dados do Monitor do PIB divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 17. “Este crescimento foi observado tanto nos três grandes setores de atividade, quanto nos componentes da demanda. No entanto, na comparação mensal, o fraco desempenho de março, frente a fevereiro mostra a fragilidade deste crescimento dado o acirramento das medidas de isolamento social em diversas cidades brasileiras”, afirma Claudio Considera, coordenador do levantamento. Na comparação interanual a economia cresceu 1,6% no 1º trimestre e 5,2% em março. O número oficial do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de junho.

A estimativa da FGV está abaixo da alta de 2,3% no primeiro trimestre do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, divulgado na semana passada. O levantamento do BC também apontou queda de 1,59% da economia em março. Os dois estudos indicam a retração da economia no último mês do trimestre na esteira do recrudescimento da pandemia do novo coronavírus no país e a reedição de medidas de isolamento social. “Estes resultados evidenciam a importância da aceleração do processo de vacinação da população como o primeiro passo para que a economia possa crescer de forma mais sustentável a longo prazo”, diz Considera. O mercado financeiro alterou a previsão para a expansão da economia brasileira pela quarta semana seguida, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. Economistas e entidades consultadas pelo Banco Central estimaram que PIB feche o ano com avanço de 3,45%, ante previsão de 3,21% na semana passada, e 3,04% há um mês.

Segundo os dados da FGV, o consumo das famílias retraiu 1,2% no 1º trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado, com crescimento apenas no consumo de produtos duráveis (8,2%). Em contrapartida, o consumo das famílias de serviços, segue sendo o principal responsável pelo desempenho ainda negativo do consumo, com queda de 2,8%. O Monitor do PIB também apontou alta de 0,5% nas exportações do primeiro trimestre, enquanto as exportações acresceram 6,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.