Em crise no Brasil, Americanas pede extensão dos efeitos de recuperação judicial nos Estados Unidos
Medida busca proteger ativos da empresa localizados em território norte-americano de serem utilizados para pagar dívidas do processo nacional
Seis dias após entrar com pedido de recuperação judicial no Brasil, a Americanas pediu uma extensão dos efeitos de proteção assegurados judicialmente, em um processo conhecido como “Chapter 15” (permissão dada a um devedor estrangeiro para entrar com pedido de falência no sistema judicial americano). Segundo o documento, “os diretores aprovaram, por unanimidade, a apresentação do pedido de recuperação judicial da Companhia nos Estados Unidos da América (Chapter 15), estendendo os efeitos — incluindo também a proteção oferecida — da recuperação judicial da companhia e das suas subsidiárias perante a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, conforme aplicável, aos Estados Unidos da América”. A companhia diz que o documento não representa um pedido de recuperação judicial naquele país. Nesta quarta-feira, 25, a Americanas encaminhou para a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro a lista completa de seus credores e débitos, demonstrando que a empresa deve R$ 41.235.899.286,62 para 7.967 pessoas. Em alguns casos, a empresa deve grandes quantias a uma única entidade, como é o caso do débito com o Deustche Bank, superior a R$ 5,2 bilhões. A empresa responsável por realizar o marketplace da Americanas, a B2W Lux, possui R$ 3,220 bilhões a receber. Diversos bancos brasileiros também constam na lista de credores. A maior dívida com fornecedores foi ligada à Samsung, que tem R$ 1,209 bilhão a receber da varejista.
*Com informações da agência Reuters
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.