Em Portugal, Pacheco manda recado a Lira e diz que dificuldade do governo no Congresso ‘inexiste’

Presidente da Câmara havia feito nova cobrança ao Planalto nesta semana, dizendo que o Lula ‘ainda precisa construir maioria no Legislativo para aprovar seus projetos prioritários’

  • 28/06/2023 20h12 - Atualizado em 28/06/2023 20h20
Edilson Rodrigues/Agência Senado Rodrigo Pacheco Rodrigo Pacheco é o presidente do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que “a suposta dificuldade do governo no âmbito do Congresso Nacional, em especial no Senado Federal, inexiste”. As declarações foram feitas durante palestra no encerramento do 11º Fórum Jurídico de Lisboa, nesta quarta-feira, 28, na capital portuguesa. O líder do Congresso Nacional rebateu à crítica do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que afirmou nesta semana que o governo ainda precisa construir maioria no Legislativo para aprovar seus projetos prioritários, como a reforma tributária. Ainda de acordo com Pacheco, a Casa tem “responsabilidade com o país”, uma vez que “não podemos, neste momento propício, nos dar ao luxo de desperdiçarmos um bom momento para fazermos um país de evolução”, disse.

A necessidade de apoio no Congresso a projetos do governo mobiliza uma série de negociações com o Executivo, com parlamentares e partidos em busca de cargos e ministérios. O União Brasil, por exemplo, avalia o Ministério do Turismo, para o qual indicou o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), numa posição em que ocupa a presidência da CPMI do 8 de Janeiro, com Arthur Maia (União-BA). “O exercício de poder feito exclusivamente para se ter mais poder, sem pensar no Executivo e sem pensar na evolução do nosso país, seria muito egoísta e muito antirrepublicano, para não dizer outra coisa”, afirmou Pacheco. “As relações devem ser o mais harmônicas possível, para ter produtividade nos assuntos que realmente importam para o Brasil”, completou. Por fim, o presidente do Senado fez um apelo para que a Câmara aprove o projeto de lei das fake news: “Nós não podemos ter um palco de desinformação e fomentação de ódio sem nenhum tipo de regulamento. Isso precisa ser aprovado, como o Senado já aprovou e a Câmara também deve aprová-lo.”

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