Entidades pedem inclusão de armas no imposto seletivo

Instituições argumentam que a retirada desses itens da tarifa que incide sobre bens nocivos à saúde e ao meio ambiente, resultaria em uma redução de 70% na carga tributária sobre armas

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2024 09h28 - Atualizado em 05/07/2024 12h07
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Divulgação/Polícia Militar de São Paulo Simulacro de arma de fogo O SUS gasta anualmente R$ 40 milhões com casos relacionados a armas de fogo, justificando a necessidade de incluir esses itens no imposto seletivo

Sessenta entidades enviaram um ofício a deputados federais solicitando a inclusão de armas de fogo e munições no imposto seletivo, também conhecido como “imposto do pecado”. As instituições argumentam que a retirada desses itens do imposto seletivo, que incide sobre bens nocivos à saúde e ao meio ambiente, resultaria em uma redução de 70% na carga tributária sobre armas e munições, diminuindo o tributo de 89% para 26,5%. Esse percentual seria equivalente ao de itens como flores, fraldas, brinquedos e perfumes, que estão submetidos à alíquota padrão do IBS e da CBS, novos impostos criados pela reforma tributária. O grupo de pesquisa Tributação e Gênero da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo lidera a iniciativa, com a participação de instituições como o Instituto Sou da Paz, Oxfam, Grupo Prerrogativas e Conectas Direitos Humanos. No ofício, as entidades destacam que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta anualmente R$ 40 milhões com casos relacionados a armas de fogo, justificando a necessidade de incluir esses itens no imposto seletivo. As organizações estão articulando com parlamentares para incluir emendas na proposta de lei complementar que regulamenta parte da reforma tributária. A proposta original do governo, na PEC que criou a reforma tributária, incluía armas e munições no imposto seletivo. No entanto, os parlamentares retiraram esse trecho da PEC e o colocaram na proposta de lei complementar. Quando o relatório foi apresentado, foi mostrado que armas e munições foram retiradas, o que gerou críticas, inclusive do vice-presidente da República, que defendeu a redução da alíquota de alimentos em vez de armas.

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*Com informações do repórter Henrique Carmo

 

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