‘Era hora de abrasileirar o preço dos combustíveis’, diz ministro de Minas e Energia
Alexandre Silveira comentou a mudança na política de preços da Petrobras e afirmou que estratégia traz a possibilidade de uma competitividade justa e equilibrada
Após a Petrobras anunciar uma nova política de preços, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, concederam uma entrevista sobre as mudanças. Segundo o ministro, a nova estratégia traz a possibilidade de uma competitividade justa e equilibrada para o preço dos combustíveis. “Nós vínhamos trabalhando para que as empresas petroleiras do Brasil, a Petrobras é a maior delas, pudessem ter uma referência no preço interno dos combustíveis. Trazendo o que estabelece o mundo, que é a competitividade nos preços de forma natural, não amordaçada como era no PPI. Era hora de abrasileirar o preço dos combustíveis e sinalizar de forma clara que o governo do presidente Lula vai cobrar de todos as empresas que cumpram com seu papel social”, afirmou Silveira. Ele também elogiou a nova estratégia comercial e afirmou que a empresa se tornará mais atrativa para investimento externo.
Jean Paul Prates complementou que o modelo maximiza a composição de vantagens competitivas sem se afastar da referência internacional dos preços. “Quando eu digo referência, não é paridade de importação. É referência internacional. Quando o mercado lá fora estiver aquecido, cobrando preços fora do comum, isso será refletido no Brasil. Nós teremos a melhor alternativa de preço para nossos clientes em cada ponto de venda da Petrobras”, ressaltou. Ele também indicou que a empresa não vai perder a rentabilidade e que haverá uma redução no preços dos combustíveis, a partir de quarta-feira, 17.
Na segunda-feira, 15, a Diretoria Executiva da Petrobras aprovou a estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina da estatal, em substituição à política de preços de diesel e gasolina comercializados por suas refinarias. Na prática, o “anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes”, como informou o comunicado emitido pela companhia nesta terça-feira, 16. A nova estratégia comercial usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente (valor a ser priorizado na precificação) e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade, dadas as diversas alternativas para a companhia, dentre elas a produção, importação e exportação do referido produto ou dos petróleos utilizados no refino.
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