Fed eleva taxas de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual em resposta à inflação

Este é o terceiro aumento consecutivo no país e o primeiro desta magnitude desde 1994

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2022 16h00 - Atualizado em 15/06/2022 23h32
Tasos Katopodis/Pool via REUTERS/File Photo Presidente do Fed, Jerome Powell Fed, comandado por Jerome Powell, tem aumentado juros como forma de combater a inflação

O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, elevou as taxas de juros do país em 0,75 ponto percentual, em um intervalo entre 1,5% e 1,75%, a mais alta desde o início da pandemia de Covid-19, quando estava entre 1% e 1,25%. Foi o terceiro aumento consecutivo, e o primeiro deste nível deste 1994 – até então, o Fed vinha realizando aumentos de meio ponto percentual por vez. No entanto, na última sexta foram divulgados os dados da inflação de maio, com números acima do esperado para os EUA – apenas em maio, o índice cresceu 1% em relação a abril, e em 12 meses, são 8,68%. Assim, a elevação de 0,75 ponto percentual já era esperada pelo mercado.

“Ao avaliar a postura adequada da política monetária, o comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o atingimento dos objetivos”, apontou o comunicado, reforçando que está fortemente comprometido em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%, mas citando que problemas como a guerra na Ucrânia e os lockdowns feitos pela China nos últimos meses para conter a pandemia de Covid-19 em seu território geram pressões inflacionárias no mundo todo, incluindo os Estados Unidos. O Comitê responsável pelos juros ainda reviu projeções para diversos índices econômicos, e todos os integrantes esperam novos aumentos na taxa, até chegar a pelo menos 3%, enquanto as do crescimento foram revisadas para baixo: a de 2022 passou de 2,8% em março para 1,7% em junho; para 2023, de 2,2% para 1,7% e, em 2024, de 2% para 1,9%.

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