FGV: alimentos mais caros pressionam inflação ao consumidor no IGP-DI de janeiro
Os aumentos de preços dos alimentos pesaram na inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 6. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,69% no último mês, após uma alta de 0,21% em dezembro.
Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação maiores. A principal contribuição para o avanço do IPC-DI partiu do grupo Alimentação, que saiu de um aumento de 0,27% em dezembro para elevação de 1,23% em janeiro, sob pressão de itens como hortaliças e legumes, que passou de -0,29% para 15,75% no período.
Os demais acréscimos ocorreram em Educação, Leitura e Recreação (de 0,37% para 2,75%), Transportes (de 0,78% para 1,12%), Vestuário (de 0,11% para 0,34%), Comunicação (de -0,07% para 0,13%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,45% para 0,50%). Houve contribuição dos itens cursos formais (de 0,00% para 5,84%), tarifa de ônibus urbano (de -0,90% para 2,08%), calçados (de -0,04% para 0,77%), tarifa de telefone residencial (de -1,01% para 0,07%) e protetores para a pele (de -2,30% para 0,78%), respectivamente.
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Habitação (de -0,33% para -0,47%) e Despesas Diversas (de 0,21% para 0,14%), com contribuição da tarifa de eletricidade residencial (de -2,93% para -4,25%) e alimentos para animais domésticos (de 1,89% para 0,58%).
O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,44% em janeiro, ante avanço de 0,33% em dezembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 70,12% em janeiro, 15,39 pontos porcentuais acima do resultado de 54,73% registrado em dezembro.
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