Geração de emprego na indústria acelera em agosto pelo 4º mês seguido, diz CNI
Levantamento também aponta que o nível de atividade medida pela Utilização da Capacidade Instalada atingiu o melhor patamar em sete anos; baixo estoque do setor ainda preocupa empresários
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou nesta quinta-feira, 23, que a geração de empregos no setor cresceu, em agosto, pelo quarto mês consecutivo e alcançou 52,3 pontos, ante 52 pontos registrados em julho. Em abril, a Sondagem Industrial apontou que a criação de vagas de trabalho havia atingido 50 pontos. “As contratações são cada vez maiores e disseminadas pela indústria. A tendência de crescimento do emprego se mostra longa: nos últimos 14 meses, índice ficou acima dos 50 pontos em 13”, afirmou a entidade. O levantamento também mostrou que a produção industrial registrou alta na passagem de julho para agosto e alcançou 53 pontos. “É o quarto mês consecutivo que os empresários da indústria de transformação e extrativa, de todos os portes, apontam crescimento da produção frente ao mês anterior”, informou a CNI. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que mede o nível de atividades, aumentou 1 ponto percentual, para 72%, entre julho e agosto. O nível para o mês se iguala ao registrado no mesmo mês de 2014 e supera o registrado no mês de agosto dos anos subsequentes. Desde maio, a UCI se mantém acima da média dos mesmos meses de 2011 a 2019.
O nível de estoques praticamente não mudou em agosto ao alcançar 49,7 pontos e segue abaixo do planejado pelas empresas. Apesar do cenário negativo, o número ficou próximo da linha divisória de 50 pontos, e indica que os estoques estão chegando ao nível normal. “A estabilidade nos últimos três meses revela que a distância entre o observado e o desejado pelas empresas se manteve no período. Em 2020, a diferença entre efetivo e planejado era muito maior: índice de 45,2 pontos”, informou a CNI. Também no campo negativo, os índices de expectativas caíram entre agosto e setembro, mas permanecem acima de 50 pontos, indicado que o otimismo continua elevado. O índice de intenção de investimento recuou de 59 em agosto para 58,5 em setembro. Apesar da queda, o nível segue muito acima de sua média histórica (50,5 pontos) e é o maior para o mês desde o início da série. A intenção de investir segue elevada por conta do otimismo ainda elevado, combinado a alta da UCI.
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