Governo anuncia crédito de R$ 1,5 bilhão a setor automotivo e desconto de até R$ 8 mil para carros populares
Desconto mínimo será de 1,6% e o máximo será de 11,6%; dedução pode chegar a R$ 99,4 mil no caso de ônibus e caminhões
Nesta segunda-feira, 5, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram medidas para baratear o custo de automotores, incluindo carros populares, automóveis de carga e ecológicos. O projeto prevê R$ 1,5 bilhão em crédito para reduzir os valores dos veículos, sendo R$ 500 milhões para carros populares, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O desconto mínimo para veículos até R$ 120 mil será de 1,6% e o máximo será de 11,6%. O menor crédito para caminhão ou ônibus será R$ 33,6 mil e o máximo será de R$ 99,4 mil. Contudo, para receber a dedução, é preciso apresentar um ônibus ou caminhão licenciado com mais de 20 anos de uso que tenha sido encaminhado para reciclagem. Os valores serão abatidos no momento da compra junto à concessionária.Segundo Alckmin, a redução será para valores em dinheiro, com a dedução mínima de R$ 2 mil e máxima de R$ 8 mil. Segundo Alckmin, o governo quer estimular a renovação da frota. “O objetivo é tirar o caminhão ou o ônibus velho, que tem mais de 20 anos de uso, que está poluindo, quebrando na estrada”, esclareceu. A alíquota terá como base três critérios: social, ambiental e densidade industrial no país. “Tem o sentido ambiental, o da segurança, da preservação de emprego, de fortalecimento da densidade industrial e é transitório. Esperamos que, daqui poucos meses, os juros caiam, o crédito fique mais acessível e a economia pegue um rumo melhor”, disse Alckmin.
Haddad complementou que o objetivo é tirar de circulação veículos mais antigos e estimular a concorrência nas montadoras. O economista também relevou que o programa será encerrado quando o valor de R$ 1,5 bilhão for atingido, independente de quanto tempo demore para que ele seja alcançado. Haddad também pontuou que o projeto ajudará a tirar a pressão inflacionária de 2024 e melhorar a arrecadação para o próximo ano. O ministro informou que dos R$ 0,35/litro previstos de reoneração do diesel para janeiro, R$ 0,11 serão aplicados em 90 dias. “Isso vai colaborar para tirar pressão inflacionário de 2024, que é um ano em que a taxa de juros ainda incide. O que é bom para a autoridade monetária que tem um horizonte de tempo mais longo. Além de socialmente e ambientalmente sustentável, esse programa se torna fiscalmente sustentável”, afirmou.
*Matéria em atualização; aguarde
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