Governo deve baratear folha de pagamento para gerar empregos, diz futuro chefe da Receita
Futuro secretário da Receita Federal, Marcos Cintra disse nesta terça-feira (18), que está conduzindo um estudo que pretende baratear o custo da folha de pagamento de salários e tem como principal objetivo gerar mais empregos. O economista vai integrar a equipe do futuro ministro Paulo Guedes no governo de Jair Bolsonaro.
“O custo da folha de salário hoje é onerado em 20% de contribuição patronal ao INSS e mais 6,5% aproximadamente do Sistema S. E é esse estudo que está sendo objeto agora de uma avaliação muito precisa, porque o principal objetivo é gerar empregos, fazer com que a folha de salário seja menos onerada”, afirmou, após reunião com a equipe de transição.
No Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, Cintra afirmou que o estudo não envolve apenas reduzir a alíquota do Sistema S, mas envolve contribuição patronal ao INSS e “tudo aquilo que onere a folha de salários”. Esse sistema é o conjunto de entidades corporativas voltadas para treinamento profissional, assistência social e técnica, consultoria e pesquisa.
“Não existe política mais regressiva, que cause mais desemprego do que você tributar o salário. E que acaba resultando em 13 milhões de desempregados, fora a economia informal”, declarou. Na segunda (17), Guedes afirmou que era preciso “meter a faca” no grupo que inclui Sesc, Senai, Sesi e Senac. A proposta envolve cortar até 50% dos repasses.
O secretário do novo governo disse que até “meados de janeiro” o estudo deve estar concluído e a equipe terá uma definição sobre que linha adotar e qual porcentual “dos ônus que incidem sobre a folha” será reduzido. “Isso, nós esperamos, vai gerar um impacto de emprego muito positivo.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
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