Guedes afirma que reforma administrativa é ‘filtro’ para valorizar servidores

Em evento para a categoria, ministro da Economia voltou a ressaltar que mudanças só valerão aos novos integrantes do funcionalismo público

  • 24/11/2021 12h14 - Atualizado em 24/11/2021 13h10
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WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro da Economia, Paulo Guedes, usa máscara branca Ministro da Economia, Paulo Guedes diz que país se reergueu em 2021

Em um evento do Ministério da Economia voltado aos servidores públicos nesta quarta-feira, 24, o ministro Paulo Guedes defendeu a reforma administrativa e afirmou que as mudanças propostas pelo governo federal funcionarão como um “filtro” para valorizar a categoria. O chefe da equipe econômica voltou a ressaltar que a proposta não atingirá os atuais membros do funcionalismo público e que os trabalhadores mais experientes serão responsáveis pela avaliação dos novos servidores. “Nós só estávamos criando um filtro justamente para valorizar o funcionalismo atual dizendo: ‘olha, não é só fazer um concurso público que você ganhou estabilidade’. Você vai ser avaliado em sua integridade, prestação de serviço, assiduidade, na sua capacidade de trabalhar em equipe para então merecer a estabilidade de emprego.” O ministro participou da abertura do 1º Seminário de Direito Administrativo Disciplinar, promovido pela Corregedoria do Ministério da Economia. “Eu peço justamente o apoio do nosso funcionalismo, porque o que estamos falando é da modernização do serviço público, da digitalização, de maior produtividade e de meritocracia”, disse.

O ministro ainda afirmou que “as narrativas são sempre desfavoráveis” aos servidores e pediu para que eles não acreditassem “em versões editadas do que eu falo”. Como exemplo, ele citou a polêmica gerada em fevereiro de 2020 quando comparou alguns servidores públicos com parasitas. Segundo Guedes, a fala se referia aos municípios e Estados com quase todo o orçamento comprometido com a manutenção da máquina pública e que estão se tornando “unidades parasitárias”. “Eu nunca xinguei [os servidores públicos]”, disse, ao ressaltar que a sua mãe é funcionária pública. O chefe da equipe econômica também elogiou a equipe e disse que a sua Pasta enfrenta “dificuldades” pela constante saída de integrantes para a iniciativa privada ou para outros órgãos do governo federal. “Toda hora estamos perdendo gente boa e de excepcional qualidade”, afirmou.

Guedes também disse que a interrupção de reajustes salariais dos servidores durante um ano e meio devido à pandemia do novo coronavírus foi uma contribuição ao país. O ministro afirmou que a categoria possui estabilidade no emprego, possibilidade de trabalhar de casa e recebe salário “relativamente bom” em comparação com o restante da economia. Guedes, no entanto, não citou a promessa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que os servidores federais teriam aumento salarial caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios fosse aprovada pelo Congresso. Nessa semana, o Tesouro Nacional apresentou a previsão de gastos com o novo recurso com sobra de apenas R$ 1,1 bilhão para despesas como o aumento dos salários

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