Guedes cancela em cima da hora fala em evento sobre ingresso do Brasil à OCDE
Segundo organização do evento, o ministro foi chamado ao Congresso para tratar de assuntos emergenciais sobre a agenda de reformas
Ministro da Economia, Paulo Guedes cancelou em cima da a hora a sua participação em um evento do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), onde abordaria o ingresso do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na manhã desta terça-feira, 23. Segundo o apresentador do evento, o ministro cancelou a fala porque foi chamado ao Congresso para lidar com assuntos emergenciais relacionados à agenda de reformas. O evento estava programado na agenda oficial de Guedes para às 11h. De acordo com a organização, o ministro avisou sobre o cancelamento 30 minutos antes do início do evento, e indicou Roberto Fendt, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, para o seu lugar. O Ministério da Economia não se manifestou sobre o assunto. A agenda do ministro foi atualizada com um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Arhur Lira (PP-AL), às 13h.
O Senado vota nesta quinta-feira, 25, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial, que cria espaço para a retomada do auxílio emergencial. Após ceder à pressão do Legislativo, a equipe econômica condicionou a volta do benefício à criação de dispositivos que freiem os gastos públicos quando acionados, como aumento salarial e contratação de servidores. O relator da medida, senador Márcio Bittar (MDB-AC), entregou o texto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na última sexta-feira, 19. A proposta foi apresentada antes aos líderes para evitar desgastes e alterações. A expectativa é que a PEC avance sem grandes percalços e seja aprovada até 3 de março. O texto ainda deve passar pela aprovação da Câmara dos Deputados. Para Pacheco, o governo federal deve editar a medida provisória que libera o auxílio após os trâmites no Senado.”O que nós vamos pretender é que, uma vez aprovado no Senado, já haja por parte do governo uma efetivação do auxílio emergencial, considerando que há uma tendência muito clara da Câmara dos Deputados diante da importância disso para o país e para viabilização do auxílio emergencial, também aprová-la num tempo que seja adequado”, afirmou.
A equipe econômica e o Congresso já acordaram sobre a criação de cláusulas de calamidade que permitam a reedição da PEC de Guerra e criam condições ao governo de gastar sem interferir no teto de gastos. O acordo havia sido selado entre Guedes, Pacheco e Lira. Para a retomada do benefício, a União trabalha com um orçamento estimado em R$ 30 bilhões, o suficiente para estender o pagamento de R$ 250 para aproximadamente 30 milhões de brasileiros por quatro meses. A expectativa é que a primeira parcela seja paga já em março.
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