Haddad afirma que irá apresentar âncora fiscal no primeiro semestre: ‘Não existe mágica nem malabarismos financeiros’

Em primeiro discurso como ministro da Fazenda, ele reforçou seu compromisso com ampliação do acesso ao crédito para a população brasileira e a implementação de um sistema tributário mais transparente

  • Por Jovem Pan
  • 02/01/2023 16h59
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TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Posse Haddad Fernando Haddad é bacharel em direito e mestre em economia Universidade de São Paulo (USP)

Em seu primeiro discurso após ser nomeado como ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que pretende apresentar a nova âncora fiscal do governo ainda no primeiro semestre deste ano, na cerimônia de posse realizada nesta segunda-feira, 2. Ele ressaltou a necessidade de reorganizar as contas públicas de forma confiável e sustentável. “O arcabouço fiscal que pretendemos encaminhar precisa ter a premissa de ser confiável e demonstrar tecnicamente a sustentabilidade das finanças públicas. Um arcabouço que abrace o financiamento do guarda-chuva de programas prioritários do governo, ao mesmo tempo que garanta a sustentabilidade da dívida pública. Não existe mágica nem malabarismos financeiros. O que existe para garantir um Estado fortalecido é a previsibilidade econômica, confiança dos investidores e transparência com as contas públicas. Não estamos aqui para aventuras. Estamos aqui para assegurar que o país volte a crescer para suprir as necessidades da população em saúde, educação, no âmbito social e, ao mesmo tempo, para garantir equilíbrio e sustentabilidade fiscal. Vamos trabalhar dia e noite para que o Brasil restabeleça a sua relação comercial com o mundo e garantir investimentos para o nosso país”, discursou. O ministro também ressaltou sem compromisso com a ampliação do acesso ao crédito para a população brasileira e com a implementação de um sistema tributário mais transparente. “A expressão arrumar a casa tornou-se uma metáfora comum nos discursos dos que iniciam um novo governo, uma nova administração. Mas ouso dizer, sem o receio de cometer exageros: Estamos mais próximos da necessidade de reconstruir uma casa do que simplesmente arrumá-la. Os atos na política econômica do país em 2022 foram dos golpes mais duros que eles desferiram contra o povo brasileiro”, argumentou. Haddad também defendeu o combate à inflação, o diálogo político e o crescimento econômico com responsabilidade social.

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