Ibovespa fecha aos 130 mil pontos à espera de cortes de gastos

Vindo do que foi a sua maior alta desde 6 de fevereiro, o Ibovespa encerrou o dia em leve avanço de 0,11%, uma pausa após a progressão de 1,87%, na segunda-feira, que havia sucedido quatro perdas consecutivas

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2024 19h26 - Atualizado em 05/11/2024 19h27
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BRUNO ESCOLASTICO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ibovespa B3 Destaque nesta terça-feira (5) para Itaúsa (+3,66%) e Itaú (+3,00%)

O Ibovespa fechou nesta terça-feira (5) aos 130.660,75 pontos, em leve avanço de 0,11%, uma pausa após a progressão de 1,87%, na segunda-feira (4), que havia sucedido quatro perdas consecutivas. O giro ficou em R$ 19,5 bilhões. No mês, o Ibovespa sobe 0,73% nas primeiras três sessões, o que limita a perda do ano a 2,63%. Na semana, ganha 1,98%. Entre a mínima e a máxima do dia, o índice da B3 oscilou dos 129.692,26 aos 130.768,59 pontos, saindo de abertura aos 130.514,79.

Na ponta ganhadora da carteira nesta terça-feira, destaque para Itaúsa (+3,66%) e Itaú (+3,00%), após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do maior banco privado brasileiro. Também entre as favoritas do dia apareceram Petz (+3,82%), Totvs (+3,74%), Azul (+3,11%) e Raia Drogasil (+3,06%) No lado oposto, Carrefour (-5,16%), TIM (-3,93%), Natura (-2,26%) e Minerva (-2,19%). Entre as blue chips, o fechamento foi negativo também para Vale (-0,88%) e Petrobras (ON -0,50%, PN -0,31%).

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No cenário doméstico, a antecipação da reunião desta tarde sobre cortes de gastos trouxe um pouco de ânimo para buscar solução de questão demandada pelos investidores, acrescenta o operador, que destaca a conservação da linha de 130 mil pontos pelo índice da B3. A reunião desta tarde entre Fernando Haddad e outros ministros, originalmente prevista para as 16h, foi antecipada em cerca de duas horas, o que contribuiu para que o Ibovespa zerasse as perdas do dia, a partir do meio da tarde, e tocasse a máxima da sessão, em leve alta de 0,19% no melhor momento.

Na outra ponta de incerteza para os investidores, na eleição americana, “uma vitória de Trump seria positiva para o dólar, especialmente caso ocorra uma vitória completa dos republicanos: os investidores imediatamente precificariam redução de impostos nos Estados Unidos, elevação das taxas do Federal Reserve, maior protecionismo e riscos geopolíticos elevados”, avalia Matthew Ryan, head de estratégia de mercado da Ebury. Por outro lado, em eventual triunfo da democrata Kamala Harris, “os movimentos nas moedas seriam mais contidos, embora ainda pudéssemos ver uma queda acentuada do dólar e valorização nas moedas de mercados emergentes, simplesmente pela precificação de uma derrota de Trump”, diz Ryan.

No quadro doméstico, “ainda que em grau menor do que o de ontem, o fechamento da curva de juros prosseguiu hoje”, destaca Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos, chamando atenção para a relativa descompressão de ativos conhecidos pela sensibilidade à percepção de risco fiscal, no momento em que o governo tem procurado mostrar ao mercado que irá endereçar logo iniciativas que mantenham de pé o arcabouço para as contas públicas.

Além da apuração da eleição americana a partir desta noite e madrugada, as atenções globais estarão voltadas, na quinta-feira, para a deliberação do Federal Reserve sobre a taxa de juros. No Brasil, por outro lado, o Banco Central deve seguir trajetória oposta, com previsão de aumento de 0,50 ponto porcentual na Selic, na noite de quarta-feira.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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