Ibovespa interrompe série negativa e sobe perto dos 141 mil pontos; dólar cai

O índice da B3 marcava nesta quinta 140.993,25 pontos; moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 5,45 pela primeira vez após dois pregões

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2025 18h36 - Atualizado em 04/09/2025 18h36
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CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ibovespa O índice da B3 chegou a andar adiante

Com a melhora observada em Nova York no meio da tarde, o Ibovespa ganhou fôlego e chegou a retomar nesta quinta-feira (4), o nível de 141 mil pontos após uma sequência de três perdas diárias que o havia distanciado muito pouco da máxima histórica, na casa de 142 mil pontos, do intradia da última sexta-feira. No fechamento, o índice da B3 marcava nesta quinta 140.993,25 pontos, em alta de 0,81%, entre mínima de 139.832,12 pontos, da abertura, e máxima de 141.481,83 pontos na sessão. À espera do payroll (dado de emprego dos EUA) da sexta-feira, o giro na B3 se manteve relativamente suavizado, nesta qunita a R$ 18,1 bilhões. No ano, o Ibovespa sobe 17,22% – em baixa de 0,30% na semana e no mês.

O índice da B3 chegou a andar adiante, à tarde, da recuperação registrada também em Nova York, onde os três principais índices fecharam com ganhos entre 0,77% (Dow Jones) e 0,98% (Nasdaq). A ascensão derivou da percepção de que, na sexta, os dados oficiais sobre o mercado de trabalho norte-americano, o chamado payroll, venham a confirmar a perspectiva de que os juros do Federal Reserve possam começar a ser, de fato, cortados ainda este mês.

Além disso, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou nesta quinta, durante participação em evento do Clube Econômico de Nova York, que os riscos descendentes, no mercado de trabalho dos EUA, aumentaram recentemente. “Houve um arrefecimento gradual nas condições do mercado de trabalho para níveis semelhantes aos que prevaleciam nos anos anteriores à pandemia”, disse.

Williams, que como presidente do Fed de Nova York tem direito permanente a voto no comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês), voltou a sinalizar que os juros devem cair à frente, em um ambiente de “equilíbrio delicado de riscos” para o mandato duplo da autoridade monetária. “Se o progresso em nossas metas de mandato duplo continuar como na minha previsão básica, prevejo que será apropriado mover as taxas de juros para um viés mais neutro ao longo do tempo”, afirmou.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, Yduqs (+6,33%), Cogna (+6,32%) e Cosan (+5,93%). No lado oposto, Brava (-1,66%), WEG (-1,59%) e Pão de Açúcar (-1,30%). Entre os grandes bancos, os ganhos no fechamento chegaram à casa de 2% em Bradesco (ON +2,13%, PN +2,00%). Vale ON subiu 0,20% e Petrobras teve desempenho misto no fechamento (ON +0,48%; PN estável, sem variação). Apenas 13 dos 84 papéis da carteira Ibovespa fecharam o dia no campo negativo.

Dólar perde força à tarde e tem leve queda, na expectativa por dado de emprego dos EUA

Após alta pela manhã, o dólar perdeu força à tarde, virou e fechou esta quinta-feira, em leve queda, abaixo de R$ 5,45 pela primeira vez após dois pregões. Operadores não viram gatilho específico, mas citam moderação do avanço do dólar no exterior. Também pode ter havido fluxo pontual para a Bolsa, que ganhou força com melhora do apetite ao risco em Nova York.

Com variação de menos de três centavos entre a mínima (R$ 5,4425) e a máxima (R$ 5,4716), o dólar à vista encerrou a R$ 5,4468, queda de 0,11%. A divisa sobe 0,46% nos quatro primeiros pregões de setembro, após recuo de 3,19% em agosto. No ano, cai 11,87%.

As oscilações contidas mostram cautela antes do relatório de emprego (payroll) de agosto nos Estados Unidos, que pode mudar expectativas sobre espaço para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar juros neste ano. As chances de redução de 25 pontos-base em 17 de setembro superam 90%.

O ADP apontou criação de 54 mil vagas em agosto, abaixo da projeção de 85 mil. Na quarta, o Jolts mostrou abertura de postos menor que o esperado. O PMI de serviços dos EUA, calculado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), passou de 50,1 em julho para 52 em agosto, acima dos 51 projetados. Leitura acima de 50 indica expansão.

Termômetro do dólar ante seis moedas, o DXY rondava 98,280 pontos no fim da tarde, após máxima de 98,444. O índice sobe pouco mais de 0,40% na semana, mas ainda recua mais de 9% no ano.  No mercado doméstico, a moeda também se acomoda. Depois de subir mais de 3% em julho, em reação ao tarifaço de Trump às exportações brasileiras, caiu 3,19% em agosto e passou a oscilar perto de R$ 5,40.

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A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) informou superávit de US$ 6,133 bilhões na balança comercial de agosto, pouco acima da mediana do Projeções Broadcast (US$ 6,050 bilhões).

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nátaly Tenório 

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