Lula deve negociar gasto extra de R$ 200 bilhões no orçamento público de 2023, aponta Guido Mantega

Aumento do teto de gastos será necessário para que o presidente eleito consiga cumprir promessas de campanha e investir em programas de assistência social

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2022 10h06 - Atualizado em 02/11/2022 14h59
Reprodução/YouTube lula-posicionamento-roberto-jefferson-reproducao-youtube Lula prometeu mais benefícios sociais e programas de assistência para a população 

Após vencer as eleições de 2022, o presidente eleito Lula (PT) pretende iniciar, nas próximas semanas, negociações para aumentar o orçamento público de 2023 em R$ 200 bilhões, de acordo com Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e assessor do petista. Em entrevista à agência Reuters, Mantega afirmou que a prioridade do novo governo será revisar a proposta de orçamento para 2023, a qual ele chamou de “ficção”. O economista relevou que seria necessário adicionar pelo menos R$ 120 bilhões extras em gastos para cumprir promessas de campanha e investir em programas de assistência social mais amplos. Além disso, o ex-ministro diz ver a necessidade de investimentos “emergenciais” em infraestrutura e habitação e demonstrou preocupação com a arrecadação federal, caso o crescimento do PIB seja menor do que o esperado. “Se você olhar para as projeções de mercado, do jeito que as coisas estão indo, o crescimento seria de 0,5%. Se a economia crescer 0,5%, você não terá a receita que deveria receber. Além disso, a inflação será menor, e nós sabemos que a inflação ajuda na arrecadação de impostos”, disse.

A equipe de Lula deve negociar um novo acordo para o teto de gastos e implementar algumas reformas orçamentárias, buscando responsabilidade fiscal. Mantega sinalizou que não irá assumir nenhum ministério e que a chapa de centro-esquerda formada por Lula deve focar em políticas voltadas para combater a pobreza e aumentar os investimentos públicos.

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