Mercadante nega competição entre BNDES e Fazenda, mas afirma que não deixará de dizer a Haddad o que pensa

Presidente do banco negou atritos com ministro de Lula, mas ressaltou que a instituição não vai omitir suas opiniões: ‘É para isso que estamos aqui’

  • Por Jovem Pan
  • 20/03/2023 14h01 - Atualizado em 20/03/2023 16h07
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PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO Aloizio Mercadante O presidente Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, durante seminário internacional realizado na sede do banco

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante (PT), afirmou que o ministro Fernando Haddad (PT) pode esperar “total lealdade e parceria” nas discussões sobre o novo arcabouço fiscal, mas que o banco de fomento estatal não vai omitir suas opiniões sobre o que considera melhor para o Brasil. A declaração ocorreu nesta segunda-feira, 20, durante seminário na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. “O ministro Haddad pode esperar de mim e do banco total lealdade e parceria, ao contrário das especulações que são publicadas”, disse Mercadante, negando possíveis rusgas com o chefe do Ministério da Fazenda. “Agora, não nos peçam para deixar de dizer o que nós pensamos para ajudar o governo a acertar, a encontrar o melhor caminho, a buscar as melhores práticas. É para isso que estamos aqui”, acrescentou.

A afirmação de Mercadante acontece em meio às discussões promovidas pela equipe econômica do governo Lula a respeito do novo arcabouço fiscal do país, a ser apresentado por Fernando Haddad nos próximos dias. Em geral, o BNDES tem sido deixado de lado nas tratativas para o novo teto de gastos, o que levou o chefe do BNDES a promover um evento, batizado de “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, para avaliar experiências internacionais na política fiscal – tema da atribuição de Haddad. Embora negue conflitos com o ministro petista, Aloizio Mercadante também se opôs à proposta da Fazenda de reoneração dos combustíveis, marcando posição ao lado de Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que criticou o retorno dos tributos.

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